O faturamento dos principais clubes do futebol brasileiro teve crescimento estimado de 12% em 2015. Depois de descontada a inflação oficial do ano (IPCA) de 10,67%, o quadro é praticamente de estabilidade. Além do resultado financeiro, de maneira geral, o cenário é dos clubes repetindo velhos erros administrativos e ainda longe de atingir o equilíbrio financeiro.
Levantamento do Itaú BBA com base em vários balanços intermediários e dados como orçamento, arrecadação e valores de contratos comerciais projetam receita conjunta dos clubes que foram alvo do estudo de aproximadamente R$ 2,58 bilhões no ano passado, contra cerca de R$ 2,32 bilhões em 2014. Mas esse aumento não é tão bom quanto possa parecer.
“Crescimento de 12% num ano de crise a princípio parece bom. Mas se descontarmos 10% de inflação, temos crescimento real de 2%, que é praticamente nada’’, diz César Grafietti, superintendente de crédito do Itaú BBA e responsável pelo estudo.
Esse crescimento se deu por conta dos programas de sócio torcedor, aumento de bilheteria e ajuste nas receitas de TV. Mas, sobretudo, por um fator bastante importante: a venda de jogadores, principalmente para o exterior. “Ajudou nesse crescimento. Com os dólar beirando os R$ 4 reais no ano passado, qualquer venda gerou um aumento de 50% do valor esperado pela negociação do atleta.’’
Bons exemplos. Os clubes brasileiros, na visão do analista, continuam cometendo velhos pecados. E os caso daqueles que fazem contratações de atletas por altos valores, para satisfazer a torcida e tentar conquistar títulos, mesmo tendo dívidas gigantescas. Mas há duas exceções: Palmeiras e Flamengo.
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