Time compacto e bola no chão: lições do Palmeiras para encarar o Rosario

Time argentino tem estilo ofensivo e deve adiantar marcação na partida desta quinta-feira. Verdão busca trocar mais passes e permanecer mais tempo com a bola

A derrota por 2 a 1 para a Ferroviária, no domingo, escancarou os problemas do Palmeiras e aumentou a pressão da equipe para o jogo desta quinta, às 21h45, contra o Rosario Central, pela Taça Libertadores da América. A falta de organização e criatividade da equipe, especialmente no meio-campo, são os principais problemas a serem resolvidos pelo técnico Marcelo Oliveira.



Foram apenas dois dias de treinamento com os titulares em campo, ambos fechados à imprensa. Contra o time do interior, o Palmeiras não conseguiu controlar a bola e, pouco "cerebral", abusou de soluções nada eficientes, como as bolas alçadas para a área – na oportunidade, foram 20, contra apenas quatro da Ferroviária.



O Rosario Central, líder do Grupo A do Campeonato Argentino, com quatro vitórias e um empate em cinco jogos, tem um estilo bastante ofensivo. A equipe de Eduardo Coudet adianta a marcação na saída de bola adversária e promete que não jogará somente por um empate na arena do Verdão.

Tocar mais a bola será essencial para o Palmeiras. Isso passa diretamente pela transição entre defesa e ataque. Em vez das ligações diretas, dos tão criticados “chutões”, quando o Central apertar a defesa, é necessário que Thiago Santos busque a bola e se aproxime de Jean e Robinho. Mais movimentação, menos distância entre os setores.





Saída de bola trocando passes será essencial para que o Palmeiras se organize



Os "apagões" da equipe também não podem ter vez nesta quinta-feira. Contra o São Bento, por exemplo, o Palmeiras começou melhor, abriu o placar aos cinco minutos, mas sofreu a virada, e só se livrou da derrota nos acréscimos. Diante da Ferroviária, teve poucos minutos de domínio no início e acabou perdendo com um gol no fim.



Por outro lado, o Rosario é conhecido justamente pelo estilo intenso. Contra o River Plate, pelo Argentino, o time estava perdendo por 3 a 1 até os 30 minutos do segundo tempo. Buscou o empate aos 51. Diante do Nacional, pela Libertadores, na última semana, também empatou no fim. Qualquer deslize do Palmeiras pode custar caro.



O goleiro Fernando Prass acredita que, para o Palmeiras, um time que “jogue e deixe jogar” seja melhor do que uma equipe fechada na defesa, jogando somente nos contra-ataques.



– Eu prefiro. Não só pela qualidade do jogo, que é muito melhor. Somos um time que não tem medo de correr riscos. Prefiro times que se proponham a jogar – opinou.



O Rosario Central tem quatro desfalques: o atacante Marcelo Larrondo (problema muscular na coxa esquerda), o lateral-esquerdo Cristian Villagra (lesão no tornozelo esquerdo), o zagueiro Alejandro Donatti e o meia Walter Montoya (poupados). O também meio-campista Lo Celso viajou junto da delegação, mas deve ficar no banco de reservas.



A provável formação dos argentinos, com três homens no meio-campo e um como referência no ataque, é a seguinte: Sebastián Sosa; Víctor Salazar, Germán Burgos, Javier Pinola e Pablo Alvarez; Damián Musto e Gustavo Colman; Joaquín Pereyra, Franco Cervi e Jonás Aguirre; Marco Ruben.





Provável time do Rosario Central contra o Palmeiras nesta quinta-feira