Dudu: ‘Encontrei minha felicidade no Palmeiras’

7/3/2016 21:55

Dudu: ‘Encontrei minha felicidade no Palmeiras’

Dudu: ‘Encontrei minha felicidade no Palmeiras’

Em janeiro de 2015, Corinthians e São Paulo buscavam a contratação de Dudu. Mas quem fechou com o atacante foi o Palmeiras. Pouco mais de um ano depois, ele não tem dúvida de que fez a ecolha certa. E vai além: garante que encontrou no Verdão sua felicidade profissional. Realmente não dá para duvidar disso. Afinal, Dudu foi o artilheiro do time na temporada passada, fez dois gols na decisão da Copa do Brasil, e caiu nas graças de uma torcida apaixonada.



Confira a entrevista exclusiva do camisa 7 alviverde.



Guilherme: No início da temporada passada, quando você fechou com o Palmeiras, Corinthians e São Paulo também buscavam sua contratação. Por qual motivo escolheu o Verdão? Hoje você pode afirmar que ir para o Palmeiras e não para um dos rivais foi a escolha certa? Por que?



Dudu: Escolhi o Palmeiras por ter a oportunidade de fazer parte do início de um projeto ambicioso e grandioso. Acredito que o título da Copa do Brasil no ano passado prova que estamos no caminho certo. Conversei muito com minha família e com as pessoas que cuidam de minha carreira. Saber que o Alexandre Mattos estava à frente de todo o processo também ajudou. Tenho certeza de que fiz a opção correta e hoje não me imagino tomando outra decisão.



Guilherme: Algumas de suas tatuagens falam sobre felicidade. Com 24 anos, você já atuou por Cruzeiro, Coritiba, Dínamo de Kiev e Grêmio. Apesar do problema na final do Paulistão, seu primeiro ano no Verdão teve saldo bem positivo: artilheiro do time na temporada, decisivo no título da Copa do Brasil, e grande identificação criada com a torcida. Dá para dizer que no Palmeiras você encontrou sua felicidade profissional? Por que?



Dudu: Sim. Encontrei minha felicidade no Palmeiras. Ver o clube se consolidando com estrutura para treinar, aquele estádio maravilhoso… E a torcida do Palmeiras… O que é aquilo? Acordo todos os dias motivado e louco para ir treinar. Antes de dormir agradeço a Deus por tudo o que está acontecendo em minha vida.



Guilherme: Você ainda é novo e tem vínculo com o Palmeiras até o fim de 2018. Mesmo sob contrato, vemos muitos jogadores saírem de clubes brasileiros, especialmente para o exterior. Pretende ficar no Verdão até o fim do contrato ou antes disso uma boa proposta do futebol europeu pode fazer você sair?



Dudu: Como disse, é uma grande honra participar desta nova fase na vida do Palmeiras. A ideia sempre foi cumprir o contrato e dar o meu melhor aqui. Mas tem muitas partes envolvidas e o próprio clube pode receber uma proposta irrecusável. Deixo claro que não penso nisso e quando acontece deixo para meus empresários resolverem. Confio neles e assim posso me dedicar no que sei fazer melhor: treinar e jogar futebol.



Guilherme: Voltando ao ano passado… É notório o valor que você dá à família. Qual foi a importância da esposa e dos filhos durante o período no qual esteve suspenso? Alguém mais foi importante naquela época? Por que?



Dudu: Esse exemplo é muito importante. Nos momentos mais difíceis podemos ver realmente quem gosta de você, quem está ao seu lado. Já assumi meu erro, fui julgado, mas foi muito difícil ficar impedido de atuar. Muito difícil. O apoio incondicional de minha esposa, quando me via triste, foi meu combustível para superar. E meus filhos, quando sorriam para mim, faziam meu mundo ser muito melhor. Olho para este período e os valorizo ainda mais. Sou um cara muito preocupado com meu desempenho e fiquei triste demais quando soube que ficaria tanto tempo sem jogar. Pessoas como meus empresários também foram fundamentais para me manter firme na luta e com foco.



Guilherme: Apesar de não ser centroavante, você terminou o ano passado como artilheiro do Palmeiras. Até que ponto isso o surpreendeu? Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira tiveram alguma influência nisso?



Dudu: Não é da boca pra fora, mas dar um passe para um gol ou correr durante 90 minutos para ajudar o time são feitos que eu considero como um gol marcado também. Claro que adoro balançar as redes, diria que todo atacante precisa ter este faro apurado. Mas acho que os gols que tenho feito são fruto de uma dedicação maior nos treinos de finalizações e da experiência que venho ganhando. Sou muito novo, já passei por outros grandes clubes e fui treinado por ótimos técnicos. Aos poucos vou tentando assimilar o que eles têm de melhor. Certamente Oswaldo e Marcelo participaram dessa minha evolução.



Guilherme: Falando sobre o Marcelo, desde o ano passado muitos criticam o time por abusar das bolas longas, não sair jogando, trocar poucos passes… Qual a sua opinião sobre essas críticas?



Dudu: Acho que a cobrança num clube como o Palmeiras é sempre grande. Todos os torcedores querem ver o time praticando o melhor futebol possível. Estamos trabalhando demais para melhorar o que precisamos. Mas sei que uma das coisas que um time campeão precisa já temos: coração. A final da Copa do Brasil e o jogo contra o Rosário Central provaram isso.



Guilherme: É praticamente consenso que o primeiro tempo contra o Rosário Central foi o melhor do Palmeiras em 2016. Mas na segunda etapa o time mal conseguiu ficar com a bola e tomou uma baita pressão. Por que atuações tão diferentes nos dois tempos?



Dudu: Buscamos este equilíbrio ainda. Vamos encontrar, temos totais condições para isso. Como disse, se no segundo tempo perdemos a qualidade da primeira etapa, sobrou o que temos de melhor. Nosso coração e entrega, além da força impressionante das arquibancadas do Allianz.



Guilherme: Ainda sobre Libertadores… Você tem uma tatuagem com a letra da música “De onde eu venho”, do grupo “Balacobaco”. Há um trecho que diz: “Se o bicho pega, não sou de correr; tô preparado para o que vier”. Levando para o futebol, especificamente para a Libertadores, você acha que essa frase tem a ver com o jogador Dudu e com o elenco do Palmeiras? Você sente o Verdão preparado para brigar pelo título dessa competição?



Dudu: Tem tudo a ver. Quando entramos em campo no Allianz e recebemos a energia da arquibancada, parece que viramos reais representantes desta torcida em campo. A missão é dada e vamos até o fim dando o sangue pela torcida.





Guilherme: Você nasceu em janeiro de 1992, mesmo mês no qual, pelo Vasco, Edmundo estreou como profissional. No ano seguinte, o Animal foi para o Palmeiras, fez algumas temporadas de muito sucesso com a camisa 7 – número que você usa – e virou ídolo. Ele mesmo já te elogiou e admitiu que seu comportamento e estilo de jogo lembram o dele. Como se sentiu ao receber esses elogios? Você já se sente um ídolo do Verdão? Se não, o que acha que falta? Ao menos considera que está no caminho certo para ser ídolo?



DuduEu não posso falar que me considero ídolo no Palmeiras. Não em um clube com tantos jogadores consagrados que já vestiram essa camisa. Preciso comer muito feijão com arroz. Mas acho que estou no caminho certo, sim. Esses elogios e comparações me dão ainda mais motivação. Dedicação nunca irá me faltar.



Guilherme: Para finalizar… O hino do Palmeiras diz que sua torcida “canta e vibra”. A fama é de uma das mais apaixonadas do mundo. Fale um pouco de sua relação com ela, nas ruas e nos estádios. Comente algum caso curioso com o torcedor do clube. É a torcida mais apaixonada que você já viu? Deixe um recado para os milhões de torcedores alviverdes.



Dudu: Só jogando e estando em campo ali no Allianz para saber. Eu me sinto um privilegiado. Posso contar o caso que aconteceu comigo na final da Copa do Brasil. Ao chegar em casa, depois das comemorações, quase de manhã, tinha um recado simples e curto numa folha de papel na porta de minha casa. Era de um vizinho palmeirense me agradecendo por lhe proporcionar umas das maiores alegrias de sua vida. Quando vi aquilo foi como ter conquistado outro título. Ao torcedor palmeirense só posso pedir para que continue nos apoiando dessa maneira. Time e arquibancada estão fazendo uma parceria de sucesso e agradeço em nome de todo o grupo. Avanti, Palestra!


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