Tranquilo, Thiago Martins se empolga com clima de Libertadores e arena

9/3/2016 08:33

Tranquilo, Thiago Martins se empolga com clima de Libertadores e arena

Palmeirense de 20 anos diz que ainda não mostrou todo o seu potencial e que trabalha para dar uma boa dor de cabeça ao técnico Marcelo Oliveira

Tranquilo, Thiago Martins se empolga com clima de Libertadores e arena

Thiago Martins ganhou chance no time titular do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)





Surpresa na escalação palmeirense para a partida contra o Rosario Central, na semana passada, o zagueiro Thiago Martins tem chance de ser mantido na equipe titular nesta quarta-feira, quando o Verdão enfrenta o Nacional, do Uruguai, às 21h45 (horário de Brasília), pela terceira rodada do Grupo 2 da Taça Libertadores da América. A única diferença é que o defensor de 20 anos agora não foi pego de surpresa.



Antes do duelo contra os argentinos, Thiago Martins foi para a arena de sobreaviso. Com um problema no joelho, Roger Carvalho passou por testes no vestiário e acabou vetado de última hora. Desta vez, porém, Marcelo Oliveira acalmou a situação dando a entender já no domingo, após a goleada contra o Capivariano, que o novato seria mantido no time.



– Lógico que ficar sabendo antes é mais fácil do que ficar sabendo na preleção. É um baque a menos (risos). Estou preparado. O que for melhor para o time vou acatar. Se estiver jogando vou dar meu máximo, se estiver no banco vou estar torcendo pelos meus companheiros. Estou mais calmo, mas ao mesmo tempo fico com aquele gostinho de querer mais. Ter uma sequência assim é sensacional. Se o Marcelo definir que eu vou jogar quero estar preparado para que dê tudo certo – disse o zagueiro, que sonha vivenciar novamente o clima da Libertadores com a arena lotada.



– Na hora em que eu cheguei no estádio (contra o Rosario) e vi... Eu nunca tinha jogado com esse público. Falei: "É hoje, é Libertadores". É diferente, eles jogam muito duro. Você tem de jogar duro também. Eu já cheguei mais a madeira antes, quando era mais novo (risos). Quando precisar, eu vou chegar, mas quando der para sair jogando tranquilo sem precisar ser tão forte eu vou sair.



Recuperado de um entorse no joelho, Roger Carvalho voltou a ser relacionado no Palmeiras. Mas, no último domingo, Marcelo Oliveira afirmou que a presença de Thiago Martins entre os titulares era "quase certa".



Sem ainda saber se joga ou não, o zagueiro de 20 anos sabe da importância do duelo contra os uruguaios do Nacional. Além de garantir ao Verdão uma boa vantagem na Libertadores, o terceiro triunfo consecutivo em 2016 vai fortalecer ainda mais a equipe.



– Vai ser um jogo muito complicado. A motivação é alta porque depois de alguns tropeços, alguns jogos não tão bons, começamos a engrenar. E queremos continuar porque tudo fica melhor – disse o jogador.

Após atuar pelo Paysandu em 2015, Thiago Martins recebeu a notícia que seria aproveitado por Marcelo Oliveira em 2016 antes do fim da temporada passada. A informação motivou o jovem defensor, que foi inscrito no Paulistão e na Libertadores e agora tem como objetivo dar uma "boa dor de cabeça" ao treinador.



– Não mostrei tudo. Mas eu já estou colocando um trevinho na cabeça dele (Marcelo Oliveira). Com todo mundo voltando (Roger, Edu Dracena, Leandro Almeida, Nathan), uma hora ele vai ter de fazer uma escolha. E eu quero estar nessa briga.



Confira alguns trechos da entrevista com o zagueiro Thiago Martins:



Como está seu temperamento após a lesão o jogador perdeu grande parte da temporada de 2014 por causa de um problema no joelho direito)
?

Eu sou bem tranquilo. Depois que eu vim para o Palmeiras, melhorei muito. Antes era um cara explosivo, agitado, mas depois da lesão eu melhorei muito em todos aspectos. Eu escuto mais as pessoas. Antes queria tudo para ontem. Agora escuto mais do que falo.



O período afastado o fez mudar?

Jogador de futebol é muito ativo, não para em casa, está sempre viajando. Eu morava sozinho, ficava muito tempo em casa. Tinha de preparar a minha cabeça para as lesões. Foi a primeira e, se Deus quiser, a última. Mas quem sabe? Tive de aprender a lidar. Eu ligava chorando para a minha namorada, para os meus pais, falando que não queria mais. É chato sair de casa sabendo que não vai ter outra conversa a não ser lesão. Tive de me preparar psicologicamente para aguentar porque não é fácil.



Estuda o futebol em casa?

Antes não gostava tanto. Quando eu era mais novo, na base do Mogi Mirim ainda, eu queria aproveitar para fazer outra coisa. Agora, quando dá, eu sento e assisto. Meu pai sempre me cobrou isso. Vou vendo para que eu possa me adequar e melhorar sempre.



Tem algum zagueiro como exemplo?

Gosto muito da zaga da Seleção. Thiago Silva, David Luiz, me espelho muito no Marquinhos (PSG), até pela idade, por tudo o que ele passou no Corinthians e a sequência que ele teve. Não dá para não falar no Edu Dracena, que passou por tantos clubes, sempre o vi jogando de casa. O Henrique, que está no Fluminense. Quando eu cheguei eu pensei: "Vou treinar com o Henrique, com o Vilson (que hoje está no Corinthians)". São vários jogadores em quem eu me espelho. Vou me adequando para ser uma mistura de todos, a tranquilidade, a velocidade e impulsão. E tem muito mais... O Pepe, que chega forte, o Sérgio Ramos , que tem qualidade de sair jogando...



Conversa com os atletas mais experientes?

Todos os jogadores que estavam no vestiário (antes da partida contra o Rosario) vieram e me abraçaram, falando para eu dar meu melhor, entrar firme e com vontade. Foi o que eu levei para dentro de campo. O Lucas chegou para mim e falou: "Estou contigo". O Vitor Hugo a mesma coisa, o Zé Roberto falou para eu fazer o que eu sei. O Gabriel, que nem estava jogo, me deu boa sorte. A comissão técnica inteira me deu tranquilidade para entrar e fazer o que eu sei, que é jogar futebol.



Mais pressão agora que ganhou uma chance no time titular?

Nas redes sociais estão aumentando seguidores, estão falando que joguei bem, que melhorou a defesa do Palmeiras. Fico feliz, mas sei que qualquer probleminha já vão cobrar. A torcida do Palmeiras cobra muito. Tenho de escutar, ficar feliz, mas trabalhar mais forte para não ter problema e seja sempre assim



E o comportamento da torcida na arena?

Tem de tirar o chapéu. Canta do início ao fim do jogo, xingam quando erramos, mas estão sempre apoiando. Com certeza é o 12º jogador. Eles ressionam arbitragem, rivais. Quero até convoca-los para lotar mais uma vez o Allianz Parque e que sejam o nosso 12º jogador. Que possamos entrar e pressionar o adversário dentro e nas arquibancadas.


5211 visitas - Fonte: GE

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