Robinho foi volante de novo, mas com mais liberdade, principalmente depois da primeira expulsão do Nacional
Marcelo Oliveira viu de camarote, literalmente, a derrota por 2 a 1 para o Nacional, na noite desta quarta-feira. Derrota que lhe custou o emprego no Palmeiras. Suspenso por expulsão na rodada passada e substituído por seu auxiliar, viu seu agora ex-time se assustar e se perder em campo a partir do momento em que os uruguaios abriram o placar, no primeiro tempo. Um time que acusou o golpe ainda mais ao sofrer o segundo gol, três minutos depois.
O Palmeiras que Marcelo Oliveira viu de cima estava na voltagem errada. Parecia jogar um jogo de Campeonato Paulista, não de Libertadores. Não foi o mesmo Palmeiras que se exauriu no primeiro tempo da vitória da semana passada sobre o Rosario Central - que cansou após bons 45 minutos e foi encurralado no segundo tempo daquela partida, é verdade, mas que resistiu bravamente e venceu.
O Palmeiras desta quarta-feira teve o controle da bola na primeira meia hora, mas errou muito e passou a se atrapalhar quando o Nacional avançou a linha de marcação. Aos 35 minutos, o primeiro susto: um toque de calcanhar de Nico López, dentro da pequena na área, acertou a trave. Aos 37, o atacante se mostrou mais ligado do que Vitor Hugo em corte parcial de Thiago Martins e abriu o placar.
Aos 40, após falta não assinalada em cima de Cristaldo, Leandro Barcia foi lançado atrás da zaga e ampliou a vantagem. O lateral-esquerdo Zé Roberto até levantou o braço, porém não havia irregularidade alguma. Thiago Martins dava condição, e Vitor Hugo estava quase no meio-campo. Mais uma tentativa errada de linha de impedimento da equipe.
O enredo poderia ter mudado a partir da primeira das duas expulsões do Nacional, quando Fucile recebeu o segundo cartão amarelo – o segundo cartão vermelho foi dado a Léo Gamalho, no finzinho da partida. O gol de Gabriel Jesus fez a equipe descer ao vestiário esperançosa.
Mas a esperança foi se esgotando, se transformando em impaciência aos poucos. Até porque Cleocir Marcos dos Santos, o Tico, auxiliar de Marcelo Oliveira, não mexeu na formação. Só tirou um dos três volantes – tudo bem que Robinho já era mais meia à essa altura – aos 14 minutos, quando colocou o meia-atacante Allione no lugar de Jean.
A segunda alteração foi orientada por Fernando Prass. Aparentemente sem saber o que fazer, Tico ouviu o goleiro à beira do campo, chamou Egídio e sacou o zagueiro Thiago Martins. Em seguida, saiu Cristaldo, entrou Alecsandro. Independentemente dos nomes, só houve uma jogada: 12 bolas levantadas para a área do Nacional, uma ou outra concluída por Vitor Hugo acima do gol. Ninguém sabia fazer outra coisa, ninguém sabia o que fazer.
Até Prass subiu para o ataque tentando o cabeceio. No mesmo lance, Lucas ficou com rebote e acertou a trave instantes antes do apito final. Apito final também para Marcelo Oliveira, que vinha trabalhando para dar constância ao time. Mas, como justificou o diretor de futebol, Alexandre Mattos, era claro:
- O time não vinha jogando bem desde o ano passado.
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