Médico do Palmeiras rebate críticas e detalha situações de lesionados

Rubens Sampaio explica casos de atletas como Cleiton Xavier e Fellype Gabriel, que têm problemas constantes de lesões e pouco jogaram pelo clube

Dr. Rubens Sampaio falou com os jornalistas nesta quinta-feira (Foto: Rodrigo Faber)



No dia seguinte à derrota por 2 a 1 para o Nacional do Uruguai, que derrubou o técnico Marcelo Oliveira, quem concedeu entrevista coletiva no Palmeiras foi o médico Rubens Sampaio.



Enquanto os reservas faziam trabalho em campo e os titulares cumpriam exercícios regenerativos na sala de musculação, Sampaio esclareceu as situações de jogadores que passaram longos períodos no departamento médico do Palmeiras, como Cleiton Xavier e Fellype Gabriel.



Sobre as críticas internas e externas ao trabalho do departamento médico, Sampaio respondeu, com a presença do coordenador científico Altamiro Bottino, que o clube vive atualmente uma realidade completamente diferente em relação a equipamentos.



– Saímos de um descrédito que não reflete a realidade de hoje. Em relação ao ano passado, tivemos uma incidência alta de lesões. Esse ano devemos melhorar isso. O Palmeiras está investindo para ter o melhor centro de reabilitação ainda neste ano. Com relação a prevenção de lesões, é multidisciplinar. Diagnóstico do atleta, carga de treino. O mundo inteiro tem uma incidência alta – afirmou o médico.



Questionado sobre as declarações do meia Valdivia, que ironizou o departamento médico do Palmeiras há duas semanas, Sampaio não entrou em polêmica com o atleta, que deixou o Verdão em agosto do ano passado e hoje atua pelo Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos.



– Um dos diagnósticos mais interessantes que o departamento médico do Palmeiras fez foi a das condições musculares (de Valdivia), quando fizemos a biopsia. Ele continua jogando em alto nível porque teve um diagnostico bem feito. Ele tem um timing bom, é inteligente, sempre rendeu boas entrevistas para vocês, e continua fazendo isso nos Emirados Árabes – disse.



CLEITON XAVIER



– Ele vinha de um longo tempo na Europa, cinco anos na Ucrânia. Um período de inatividade, e teve sucessivas lesões musculares. Foi feita uma biopsia muscular para que tivéssemos uma real ideia da condição da musculatura e implementássemos treinamento, suplementação. Depois da biópsia, ele teve uma lesão de panturrilha em um campo pesado da pré-temporada. Mas no fim do ano passado, ele estava no banco contra o Santos. Agora está recuperado, cumpre um trabalho individualizado, em função dos exames que fizemos. Vocês vão se habituar a vê-lo fazendo trabalhos específicos para que tenhamos o máximo dele com menor risco possível.



FELLYPE GABRIEL



– Vinha de uma reconstrução de ligamento cruzado do joelho esquerdo que tinha tomado sete meses. Depois, fora do Palmeiras, teve uma fratura de estresse na patela (osso do joelho). Teve uma contusão de adutor (músculo da coxa), um entorse de tornozelo. Participou dos treinamentos da pré-temporada, agora fez a artroscopia e em aproximadamente três ou quatro semanas deve estar libertado.



Luan



– Ele teve uma lesão muito grave no tendão de aquiles, jogando nos Emirados Árabes. Tinha uma tendinopatia, sofreu algumas infiltrações, que provocaram calcificações, até que chegou à ruptura total do tendão. Foi operado, é uma lesão bem diferente. Precisou colocar âncoras (mecanismos de fixação de tecido ao osso), as características demandavam isso, depois precisou retirá-las. Agora está evoluindo. Não está inscrito nas competições, mas esperamos que nas próximas semanas já volte.



GABRIEL



– Tem algumas coisas que acabam caindo na conta do departamento médico. Quando o jogador se machuca, não somos responsáveis pela lesão, fazemos o diagnóstico e propomos o tratamento. O Gabriel voltou a treinar rapidamente, a circunstância de não estar jogando é física e técnica, tem uma concorrência grande para a posição que ele joga, o Marcelo optou por não relaciona-lo. Não é justo que a gente pague essa conta.