À espera de Cuca, Palmeiras vê técnico italiano famoso se oferecer

Treinador de futebol há quase 20 anos, o italiano Walter Zenga se ofereceu para ser treinador do Palmeiras no lugar de Marcelo Oliveira, demitido após a derrota para o Nacional, na quarta-feira, pela Libertadores. Eleito o melhor goleiro do mundo por três anos consecutivos (1989, 90 e 91), Zenga está desempregado desde o ano passado, quando dirigiu a Sampdoria.



O contato com o Palmeiras foi feito pelo empresário Juliano Yosseph. Com autorização do italiano, ele sugeriu o nome de Zenga ao diretor-executivo, Alexandre Mattos. “Trata-se de um cara de muito peso na história do futebol. Só o fato de ele cogitar trabalhar no Brasil já deve ser motivo de orgulho para o torcedor do Palmeiras”, avalia Yosseph.



Mattos é que não mostrou muito entusiasmo com a possibilidade de contar com Zenga. Tanto que nem respondeu às mensagens via WhatsApp enviadas pelo empresário. O Palmeiras tem negociações avançadas com Cuca e deve anunciá-lo em breve. O contrato oferecido é de dois anos e a primeira proposta salarial foi de R$ 450 mil mensais, com bônus por resultado.



O sonho de Zenga em dirigir o Palmeiras é antigo. Em 2008, ele confirmou com todas as letras seu plano. “Todos dizem que gostariam de dirigir o Real Madrid e o Manchester, mas eu gostaria de ir ao Brasil treinar o Palmeiras”, afirmou ao jornalista Bruno Vicari. “Não sei o motivo, provavelmente porque o Palmeiras é o time mais italiano. E eu tenho amigos como José Altafini e Darwin Pastorin, pessoas que sempre tiveram uma ligação com o Palmeiras”, justificou.



Zenga tem 55 anos e mora atualmente em Dubai. Goleiro que mais tempo ficou sem levar um gol em Copa do Mundo - foram 517 minutos e quase seis partidas completas durante o Mundial de 1990 -, o italiano já trabalhou por Sampdoria, Catania e Palermo na Itália, Al Ain, Al Nassr e Al Jazira nos Emirados Árabes Unidos, além de passagens por Estados Unidos, Turquia, Romênia…