A apresentação de Cuca rendeu uma entrevista coletiva de mais de 40 minutos, e o novo técnico do Palmeiras apontou seu foco logo na primeira resposta. O treinador adia a busca por um time ideal porque tem consciência do aspecto decisivo de sua partida de estreia no clube, na quinta-feira, diante do Nacional, no Uruguai, pela Copa Libertadores da América.
“Eu me apresento em uma segunda-feira e, na quinta, já tem jogo decisivo, na casa do adversário, que ganhou do Palmeiras aqui. Temos de vencer. É praticamente um mata-mata e, principalmente em competições curtas como a Libertadores, há jogos emblemáticos, que te dão autoconfiança para a conquista. Quem sabe não temos um desses na quinta para sairmos com muita força?”, indicou Cuca.
O técnico lembra que, quando conquistou a Libertadores pelo Atlético-MG, em 2013, também houve um jogo emblemático. Foi a vitória por 5 a 2 sobre o Arsenal de Sarandi, na Argentina, ainda pela fase de grupos. O Verdão, que tem os mesmos quatro pontos e está igual ao argentino Rosario Central em todos os critérios, precisa vencer o Nacional, líder do grupo 2 com cinco pontos.
“É um momento difícil, mas o Palmeiras depende só do Palmeiras. Terá dois jogos dificílimos fora de casa contra Nacional e Rosario, mas, se traz três pontos já neste primeiro jogo, volta a precisar só de uma vitória no último, contra o River Plate do Uruguai, em casa”, calculou Cuca, que mais acompanhou do que comandou o treinamento desta segunda-feira.
“Elaborei o treino e dei para o Alberto (Valentim, auxiliar) tocar, para eu ver de fora e ter um pouquinho mais conhecimento do jogador. Vou explorar o conhecimento do Alberto dos jogadores o máximo que puder porque pode me ajudar muito. Vamos tirar lições do primeiro tempo contra o São Paulo e tirar proveito do segundo para repetir”, falou o técnico, lembrando a vitória no Choque-Rei sob o comando do interino nesse domingo.
Com contrato até o fim do ano, Cuca assume a responsabilidade de fazer o time render mais. Mas não será a partir de quinta-feira, quando a missão é, apenas, somar três pontos. Independentemente da escalação que entrará em campo ou da necessidade de implantar seu estilo na equipe.
“Gosto do time atuando em linhas para atacar e defender, sem a bola parar. Gosto do futebol bem jogado, rápido e dinâmico, com variação de posição, sem jogador estático. Para isso, preciso ter time, alguns sistemas definidos, com variáveis, e conhecimento amplo. Requer tempo para adquirir isso. Mas não vou me preocupar com o time ideal, só para a decisão no Uruguai. Estou otimista”, definiu.
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