No Palmeiras, experiência de Cuca é aposta por recuperação e identidade

Treinador conquistou a Taça Libertadores no comando do Atlético-MG, em 2013. Após três jogos distintos na atual edição, Verdão tem jogo decisivo contra o Nacional

Perfil do novo treinador agrada aos jogadores palmeirenses (Foto: Agência Estado)



Nesta quinta-feira, o Palmeiras entra em campo pela quarta vez na Taça Libertadores, mas ainda sem ter conseguido criar uma identidade na competição. Depois de três partidas irregulares, o Verdão enfrenta o Nacional, em Montevidéu, para tentar começar a recuperar os pontos perdidos no primeiro turno e se manter forte na briga por uma vaga nas oitavas de final.



Na vice-liderança do Grupo 2, com quatro pontos ganhos, a equipe palmeirense tem um de desvantagem para o Nacional. O Rosario Central, da Argentina, também soma quatro pontos, mas está atrás pelo quarto critério de desempate (gols como visitante), enquanto os uruguaios do River Plate somam dois.



A irregularidade do Verdão, que já vinha incomodando torcedores e dirigentes desde o ano passado, acabou determinando uma troca na comissão técnica. Saiu Marcelo Oliveira, campeão da Copa do Brasil, e entrou Cuca, que conquistou a Libertadores em 2013 com o Atlético-MG. Esperança de mudança também dentro de campo?



– Essa identificação está faltando desde o Paulista. Não conseguimos fazer um jogo espetacular como fizemos no ano passado. Espero que com a chegada do Cuca a gente possa melhorar o mais rápido possível porque temos um jogo decisivo. Acho que falta entender a competição. Muitos jogadores estão jogando a Libertadores pela primeira vez, isso pesa. Falta um pouco de experiência, mas isso não é desculpa. Agora acabou de chegar um treinador que acabou de ganhá-la. Tenho certeza de que vai mudar um pouco o pensamento do que imaginávamos que é a Libertadores – disse o meia Robinho.



A estreia do Palmeiras na competição continental ocorreu no dia 16 de fevereiro, em Maldonado, no Uruguai. A formação com três volantes na ocasião deu ao time uma maior segurança e posse de bola contra os uruguaios do River Plate, mas dois vacilos defensivos impediram o triunfo fora de casa e acabaram determinando o empate em 2 a 2.



No dia 3 de março, o Verdão conseguiu abrir vantagem diante do Rosario Central no primeiro tempo. Depois do intervalo, porém, os argentinos dominaram amplamente o confronto e só não empataram o marcador por causa de uma grande atuação de Fernando Prass, que defendeu cobrança de pênalti. Nos acréscimos, Allione definiu o placar de 2 a 0 em um contra-ataque.



Quando a tão aguardada sequência positiva do Palmeiras em 2016 era aguardada, o time de Marcelo Oliveira caiu em casa para os uruguaios do Nacional. A derrota por 2 a 1 derrubou a comissão técnica e deixou o Verdão em situação nada confortável no Grupo 2.



– No começo, quando saiu a tabela, nós tínhamos a cabeça de fazer os nove pontos disputados, mas as coisas não aconteceram assim. Acho que até empatar fora de casa não foi um bom resultado, mas a derrota não estava nos planos. Agora é levantar a cabeça para irmos nessa decisão e buscar os três pontos de volta. Nos prejudicamos por ter perdido. Mas se ganharmos em Montevidéu não vamos ter tanto prejuízo. Esperamos fazer um grande jogo, temos totais condições de vencer o Nacional no Uruguai para depois pensar no Rosario – disse Dudu.