Nacional-URU frustra estreia de Cuca e complica Palmeiras na Libertadores

Jogadores do Nacional-URU comemoram gol na vitória sobre o Palmeiras



Em uma semana, Cuca se vê pressionado no comando do Palmeiras. Culpa do Nacional, novamente algoz do clube alviverde na Copa Libertadores da América de 2016.



Na noite desta quinta-feira, a equipe uruguaia derrotou o time palmeirense pelo placar de 1 a 0 e frustrou a estreia do treinador pela equipe paulistana. De quebra, a situação do atual campeão da Copa do Brasil no torneio continental se complica depois de quatro rodadas disputadas.



A segunda derrota consecutiva para o Nacional-URU mantém o Palmeiras com apenas quatro pontos somados, na terceira colocação. Uma derrota para o Rosario Central, na próxima rodada, pode decretar o fim da campanha alviverde na Libertadores de maneira precoce.



Em contrapartida, o Nacional deixa a vaga às oitavas de final encaminhada. Com oito pontos, o clube uruguaio assumiu a liderança do grupo 2. O Rosario Central, da Argentina, chegou aos sete depois de fazer 3 a 1 contra o Racing-URU, em Montevidéu, também nesta quinta-feira.



Diante do Nacional, o Palmeiras se acuou. Mesmo com a necessidade de buscar os três pontos, em virtude da derrota em casa para os uruguaios na última semana, o clube alviverde se retraiu na estreia de Cuca e pouco ameaçou a meta defendida pelo goleiro Esteban Conde.



Já o Nacional fez valer a pressão caseira. Com um bom início de jogo, o time da casa pouco permitiu ao Palmeiras sonhar com uma chance melhor nesta noite. O empate para os brasileiros surgia como uma alternativa em uma noite apagada, mas o início da segunda etapa deu fim a este objetivo.



Logo aos 5min da etapa complementar, Kevin Ramirez fez boa jogada pela esquerda da área e cruzou na medida para Nico Lopez, o principal carrasco palmeirense nesta Libertadores, abrir o placar. A condição do jogo da jovem revelação uruguaia era duvidosa.



A partir de então, o Palmeiras não soube reagir. Sem força e criação no primeiro jogo de Cuca como treinador, a equipe palestrina retorna do Uruguai com o futuro na competição continental em xeque.



Acuado



A necessidade da vitória contradisse a atuação do Palmeiras na primeira etapa da partida no Estádio Parque Central. Desde o apito inicial do árbitro, a equipe alviverde se acuou e sofreu com a pressão da equipe uruguaia, que surpreendeu no Allianz Parque na semana passada e venceu por 2 a 0.



Majoritariamente na defesa, o Palmeiras abdicou inclusive da arma na qual ficou estigmatizado sob o comando de Marcelo Oliveira: os cruzamentos para a área. Durante a primeira etapa foi apenas um, mal concluído.



Apesar do volume de jogo, o Nacional terminou os 45min sem vazar Fernando Prass. Os sustos aconteceram, como aos 36min, quando Fernández aproveitou corte de Edu Dracena para chutar com perigo; a bola passou à direita do goleiro.



Palmeiras, de Robinho, pouco ameaçou a meta uruguaia nesta quinta



O mais novo carrasco



Se o volume de jogo não resultou em gol no primeiro tempo, o Nacional precisou de apenas cinco minutos para promover uma enorme festa nas arquibancadas do Parque Central. Nico Lopez, que abriu o placar para a vitória no Allianz Parque, novamente fez a diferença para os uruguaios.



Aos cinco minutos, Ramirez dominou na entrada da área, levou para a esquerda e cruzou para a segunda trave. Com espaço - e em posição duvidosa -, Lopez tocou de cabeça no contrapé de Fernando Prass e abriu o marcador.



Bastou apenas um lance para garantir os três pontos. O Palmeiras procurou exercer uma pressão no fim. No entanto, vacinado contra o excesso de bolas longas da equipe alviverde, o Nacional se segurou e emplacou a dobradinha sobre o time agora comandado pelo técnico Cuca.



Até quando?



No Uruguai, mais um caso lamentável de racismo. As câmeras da emissora Fox Sports, que transmitiram a partida para o brasil, flagraram um torcedor uruguaio imitando um ‘macaco' e ofendendo o jovem palmeirense Gabriel Jesus.



Segundo relatos da televisão, o camisa 12 palmeirense ouviu as provocações, irritou-se e respondeu. O delegado da partida recebeu a reclamação sobre o preconceituoso torcedor do Nacional.



Próximo desafio



Restam duas chances ainda para o Palmeiras sonhar com a fase da mata-mata Copa Libertadores. O próximo compromisso pelo torneio continental se desenha como o mais complicado: em 6 de abril, a equipe alviverde encara o embalado Rosario Central, na Argentina.



Antes de pensar a nível continental, o time de Cuca precisa pensar no Campeonato Paulista. No domingo, a partir das 18h30, o time alviverde encara o Osasco Audax, no Estádio José Liberatti.



FICHA TÉCNICA

NACIONAL 1 X 0 PALMEIRAS



Local: Estádio Gran Parque Central, em Montevidéu (Uruguai)

Data: 17 de março de 2016, quinta-feira

Horário: 21h45 (de Brasília)

Árbitro: Carlos Vera (Equador)

Assistentes: Juan Macias e Flavio Nall (ambos do Equador)

Cartões amarelos: Porras e Nicolás López (Nacional); Lucas, Alecsandro e Arouca (Palmeiras)



Gol:

NACIONAL:Nicolás López, aos cinco minutos do segundo tempo



NACIONAL: Conde; Santiago Romero, Victorino, Polenta e Espino; Porras, Carballo, Barcia (Cabrera) e Kevin Ramírez (Tabó); Nicolás López e Sebastian Fernández (Eguren)

Técnico: Gustavo Munúa



PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Edu Dracena, Vitor Hugo e Egídio (Robinho); Gabriel (Barrios), Arouca, Allione (Gabriel Jesus) e Zé Roberto; Dudu e Alecsandro

Técnico: Cuca