Cuca sabe que o caminho do Palmeiras na Libertadores ficou muito, muito complicado após a derrota para o Nacional, por 1 a 0, nesta quinta-feira, em Montevidéu. O time brasileiro perdeu duas vezes para o rival, em casa e fora, e agora tem de fazer contas e ganhar suas duas próximas partidas no grupo para se classificar, além de precisar aumentar o saldo de gols, um dos critérios de desempate. Sabe também que precisa do elenco nas mãos e tenta, com boas frases e comentários de efeito, conquistas os atletas. “Vi a entrega dos jogadores na segunda etapa, a vontade de buscar o resultado a todo momento. Lutaram até o fim”.
Jogador gosta e valoriza esse tipo de comportamento do chefe. Quem não gosta? Cuca adota postura contrária ao seu antecessor, Marcelo Oliveira, que preferia ‘dedurar’ más atuações de alguns jogadores. O episódio mais emblemático foi ter condenado o zagueiro Leandro Almeida depois de lambanças em campo. Tinha razão de cobrar o atleta e todo o direito de sacá-lo do time, mas errou ao fazê-lo na mídia, logo depois do jogo, sem o menor pudor. Jogador não gosta disso e, embora nenhum outro tenha saído em público para defender o colega, ninguém no elenco aprovou a atitude do chefe. Pegou mal.
Cuca, desse modo, vai ter em pouco tempo o elenco nas mãos. Ele vê o copo meio cheia e não meio vazio. Prefere ressaltar os minutos em que o Palmeiras jogou bem e não condenar toda a apresentação da equipe, que foi fraquinha. O próprio Cuca disse que o primeiro tempo não foi bom, mas valorizou o segundo. Pegou bem! Para a Libertadores, isso pode valer pouco agora, mas fica o recado de que o grupo tem no chefe um companheiro e defensor, sempre. Talvez a partir daí os jogadores possam se doar mais e jogar melhor. Ter o time sob controle é fundamental na temporada.
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