WTorre promete repassar receita e evita polêmica com Avanti

A relação entre Palmeiras e WTorre, em litígio desde o começo de 2014, não é das melhores. Com um programa de fidelização de torcedores lançado há pouco, a construtora promete repassar ao clube parte da receita e tenta evitar polêmica com o Avanti.



Batizado de Passaporte 2016, o programa da WTorre prevê acesso a todos os jogos do Palmeiras na temporada com preços a partir de R$ 199 mensais. O lugar escolhido pelo participante ganha seu nome e fica reservado. O torcedor também tem desconto no estacionamento da arena e facilidade para comprar ingressos de shows e eventos.



O litígio entre Palmeiras e WTorre, a ser decidido por arbitragem, começou em torno da quantidade de cadeiras que cada parte tem direito a comercializar e inclui também os moldes do Avanti. Os 10 mil assentos envolvidos no Passaporte, todos no anel inferior da arena, não estão em discussão, de acordo com a construtora.



Segundo Rogério Dezembro, presidente da WTorre Entretenimento, o Palmeiras receberá integralmente o valor do ingresso, embutido na mensalidade, e um percentual do preço das assinaturas do Passaporte. No plano de R$ 199, calcula o executivo, cerca de 70% fica com o clube.



“Queremos criar um serviço que ofereça mais conveniência, segurança e conforto para os torcedores e estimular a presença de público em todos os jogos. Com a arena deixando de ser uma novidade, precisamos de instrumentos para que o torcedor compareça também nas partidas de menor apelo”, afirmou Dezembro.



Por considerar que o Avanti dificulta a venda de suas cadeiras, a WTorre incluiu a questão na arbitragem no ano passado. Embora o programa de sócios-torcedores do clube e o Passaporte sejam semelhantes, Rogério Dezembro entende que ambos não são concorrentes.



“O Passaporte não briga com o Avanti nem prejudica o clube. Pelo contrário, é uma nova fonte de receita para o Palmeiras. A arena tem capacidade para pouco mais de 40 mil pessoas e o Avanti já possui 126 mil associados. Uma coisa não tem nada a ver com a outra porque, se tivesse, o Avanti poderia contar com um máximo de 40 mil sócios”, disse.



Nas redes sociais, alguns palmeirenses identificaram o Passaporte com o Avanti e passaram a hostilizar o programa de fidelização da WTorre. De acordo com Rogério Dezembro, porém, a adesão dos torcedores tem sido boa e já há até setores esgotados.