O time consegue ser mais bagunçado em campo do que esse vestiário antes do jogo
Cuca chegou e, obviamente, pouco conseguiu fazer. O Palmeiras continua jogando como fazia com Marcelo Oliveira, ou seja, como não fazia, e perdeu para o Audax, agora há pouco, em Osasco. Podem questionar se o pênalti do primeiro gol foi mesmo pênalti, mas, independentemente disso, o time viu o rival passear em campo. Melhorou no segundo tempo, mas pouco, bem pouco, não o suficiente para conseguir o empate.
Assim, chegou a hora de a diretoria sentar com Cuca, rever o planejamento e definir prioridades. Para já. E isso inclui, obviamente, definir os times que serão escalados em cada um dos sete jogos já marcados para os próximos 30 dias.
“Ah, mas o regulamento da Federação obriga a jogar com o time titular”. Bem, vamos combinar que com esse futebolzinho pouca diferença faz se o time é titular ou reserva, né? Mas a questão maior é que, enquanto Cuca não conseguir fazer uma semana de treinos completa com um time fechado, terá sempre à disposição a desculpa da falta de tempo.
Aos números: o Palmeiras tem 15 pontos e ainda, sabe-se Deus como, lidera o Grupo B. Faltam cinco jogos para o fim da fase classificatória e nove pontos dos 15 restantes devem ser suficientes. Em meio a esses jogos, dois duelos pela Libertadores nos quais não há matemática, tem que ganhar. Não adianta nada vencer Red Bull e Água Santa e "embalar". Minha sugestão:
Quarta, 24/3, Red Bull (casa): reservas.
Domingo, 28/3, Água Santa (fora, bem fora): reservas, inclusive o técnico. Cuca fica em São Paulo pra continuar treinando os titulares. Alberto treina.
Quarta, 31/3, Rio Claro (casa): titulares, para não perder o ritmo de jogo.
Domingo, 3/4, Dérbi (casa): reservas. Inclusive o goleiro. Eles também devem vir com mistão, porque jogam na Colômbia depois. Será um bom teste.
Quarta, 6/4, Rosario (fora): titulares. Jogo que vale o semestre. O Paulista., se vier, será legal, mas será prêmio de consolação.
Domingo, 10/4, Mogi (fora): reservas só se vencermos o Rosario; titulares se já estivermos fora da Libertadores.
Quinta, 14/4, River Plate (casa): se vencermos o Rosario, titulares; se não valer nada, reservas.
Essa ideia é necessária não só para manter o time com chances de título nos dois torneios que disputa no primeiro semestre, mas para começar bem o Brasileiro. Mesmo que cheguemos aos mata-matas da Libertadores, um time alternativo bem entrosado pode fazer bom papel nos jogos iniciais: Atlético-PR em casa, Ponte fora, Fluminense em casa e São Paulo são nossos primeiros adversários. Todos jogando bola parecida com a nossa ou pior.
Importante também é que esse tal time titular seja bem escolhido – e isso incluir recolocar no time gente que estava voando e saiu para dar lugar a quem joga com o nome. E é preciso que haja poucas mudanças para que os jogadores ganhem entrosamento. Nomes? Fica o espaço abaixo para sugestão.
Uma provocação
Tuitada por mim mesmo, mais de um mês atrás:
Ok, deixem Cuca trabalhar. Mas que eu avisei, avisei.
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