Dudu jogou 13 dos 14 jogos do Palmeiras em 2016. Onze deles completos. FOTO: UOL
Só Fernando Prass atuou mais. E melhor. Muito melhor pelo Palmeiras em 2016.
Dudu jogou 13 dos 14 jogos. Não saiu em 11 deles. Ele jogou 1.145 minutos na temporada alviverde. Robinho vem a seguir com 903 minutos.
Dudu não sai do time. Normal. O melhor do time precisa atuar mais. Jogar mais vezes. Em uma bola ele pode mudar tudo. Virar o jogo. Transformar derrota em empate. Quem sabe vitória.
Mas, por dentro, não tem sido o cara decisivo que se encontrou com Marcelo Oliveira. De volta mais vezes ao lado, com Cuca, ele e o treinador ainda não podem ser testados. Ou cobrados.
Só que pelo investimento, pela capacidade de decidir, pela ausência de um “10'' que não é ele – mas tem sido, pelas carências palmeirenses, Dudu pode e deve jogar mais. Não necessariamente não ser sacado da equipe quando a equipe não anda, e muitas vezes desanda.
Quase toda a turma do meio pra frente já jogou – exceto Cleiton Xavier e Fellype Gabriel, pelos mesmos motivos sabidos – ou, de fato, desconhecidos.
Mas, de fato, jogar mesmo, Dudu e o Palmeiras ainda devem. E ele, pelo que é, pelo que precisa ser, ainda mais. Não é questão tática. É técnica.
Dudu, quando bem, é quem pode desequilibrar pela velocidade e técnica. Mas, quando não vai bem, como quase todo o time, é o cara que não sabe dosar o ritmo, inverter a bola, segurar esse jogo. Muitas vezes ele é mais acelerado e afobado que dinâmico e ágil. Ele confunde pressa com velocidade. Toca de primeira a bola que precisa ser trabalhada. Livra-se dela em vez de se livrar do marcador.
Isso pesa. E ele acaba mais jogando partidas que jogando futebol. E isso conta pouco.
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