O Brasil empatou contra o Uruguai na sexta-feira à noite e as críticas à seleção por não ter um time confiável voltaram. Sempre voltam. O Palmeiras perdeu por 4 x 1 para o Água Santa e seguiu sua sina de sofrer uma goleada por ano.
É quase uma sina. Voltando ano a ano para trás, o Palmeiras caiu para a Chapecoense por 5 x 1 ano passado, por 6 x 0 para o Goiás em 2014, 6 x 2 do Mirassol em 2013, 6 x 0 do Coritiba em 2011, 4 x 1 do São Caetano em 2010, 5 x 2 do Flamengo em 2008, 5 x 0 do Cruzeiro em 2007…
Sofrer uma goleada por ano é normal… mas inaceitável.
Empatar por 2 x 2 para o Uruguai é normal… e apenas isso. Por mais que se discuta por qual razão o Brasil fez bons trinta minutos e foi inferior ao rival a partir daí, há um respeito pela camisa celeste que explica um empate em casa.
A dificuldade do jogo contra o Paraguai passa por isso. O Brasil jogou em Assunção 19 vezes contra a seleção paraguaia. Venceu onze, empatou quatro e perdeu quatro. Mas sete destas vitórias aconteceram antes do primeiro triunfo paraguaio, em 1968.
De lá para cá, são 4 vitórias do Brasil, 3 empates e quatro vitórias do Paraguai. Não vencer no Defensores del Chaco é normal. O país nunca aceitou isso, mas é o resultado natural também para Argentina e Uruguai, de histórica dificuldade em Assunção — a Argentina perdeu onze vezes lá.
Empatar em Assunção é normal. Perder não é absurdo, dado o retrospecto. Ficar fora do grupo dos classificados ao final da sexta rodada, é inaceitável. Só aconteceu uma vez, ao final da terceira rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Por isso, não é de se considerar normal.
Para evitar o inaceitável, a seleção tem de conseguir um resultado que não existiu nos últimos trinta anos — vencer no Defensores del Chaco.
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