Rafael Marques admite fraqueza emocional e recorre a psicólogos

Atacante reconhece os efeitos da psicologia desde os tempos do Botafogo (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)



Os jogadores do Palmeiras têm procurado espontaneamente amparo emocional para lidar com a crise. O atacante Rafael Marques é um dos que aumentaram as consultas aos psicólogos José Anibal e Eduardo Cillo, contratados pelo clube, durante a série de quatro derrotas (para Nacional, Grêmio Osasco Audax, Red Bull Brasil e Água Santa) sob o comando do técnico Cuca.



“Trabalhei com o Edu e o Zé no Botafogo, quando passei um momento ruim logo na minha chegada, depois de sete anos fora (havia passado por Turquia e Japão). Isso me ajudou bastante a entrar focado em campo e blindar o que vinha de fora”, recordou.



Rafael Marques já está bem mais experiente do que naquela época, com 32 anos e mais uma passagem pelo exterior (atuou na China), mas ainda não dispensa o auxílio da psicologia nos maus momentos. “Por mais que você seja experiente, não tem como. É preciso ser realista. O psicólogo ajuda a impedir que algo negativo entre em campo. É o momento de ter tranquilidade”, disse.



Por enquanto, o Palmeiras continua intranquilo em seus compromissos, conforme o próprio atacante constatou. Por isso, ele não foi o único no elenco que aumentou a carga de trabalho de José Anibal e Eduardo Cillo. “Até mesmo quem nunca trabalhou com psicólogo está procurando. Quando falam de psicólogo, pensam que o cara é louco. Não é assim. Psicologia dentro do futebol é totalmente diferente. É para te ajudar, para te deixar mais concentrado na partida”, argumentou.



Rafael Marques sabe, contudo, que só a psicologia não basta para melhorar o emocional do Palmeiras. O atacante conta com uma reação diante do Rio Claro, às 20h30 (de Brasília) de quinta-feira, no Pacaembu, para que Cuca e os seus comandados readquiram confiança.