Justiça busca Valdívia, mas só encontra zelador em briga de R$ 2 mi com empresário

Valdivia está hoje no Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos





Uma briga que já dura um ano ganhou mais um novo capítulo recente. O empresário Jorge Machado tenta, desde 2008, receber R$ 2 milhões de Valdívia, mas não consegue. Entrou na Justiça e, agora, viu o tribunal esbarrar em um fato inusitado.



Desde julho que o Poder Judiciário tenta localizar o meio-campista para citá-lo na ação que corre na 9ª Vara Cível do Foro Central. Um mandado do juiz Rodrigo Galvão Medina mandou um oficial de Justiça atrás do atleta, mas de nada adiantou.



Em outubro, a oficial Anabela Rodrigues dos Santos foi a um endereço em Perdizes que supostamente pertencia a Valdívia, mas foi informada pelo zelador Francinaldo Mendes que o chileno "se mudou há três anos".



Sem outras alternativas, a Justiça não viu meios de encontrar o jogador.



Assim, diante do imbróglio, o advogado Francisco Balbuena, que representa a JMB Esportes e Organização de Eventos - empresa de Jorge Machado -, enviou uma petição ao Poder Judiciário pedindo a suspensão do processo por 30 dias.



O pedido, feito em janeiro, foi para que as partes tivessem um tempo de localizar o novo endereço do chileno. Balbuena explica no protesto interruptivo de prescrição que Valdivia hoje atua no Al Wahda, nos Emirados Árabes Unidos.



"Ante o exporto, requerem seja deferida a suspensão do processo pelo prazo de 30 dias, possibilitando, assim, que os requerentes (Jorge Machado) diligenciem e localizem o novo endereço do demandado (Valdivia), tendo em vista a transferência informada", diz a petição.



No processo, Jorge Machado alega que não recebeu metade de um acordo de 1 milhão de euros, ou 500 mil euros - o que hoje daria mais de R$ 2 milhões.



O agente diz que a discussão de uma parcela de 250 mil euros está em andamento na Justiça do Rio Grande do Sul, e por isso pede a interrupção da prescrição da inadimplida quarta parcela, de mesmo valor.



O curioso é que essa quarta parcela se refere ao quarto ano do contrato de Valdívia com o Al Ain, mas o jogador retornou ao Palmeiras após a terceira temporada no time árabe.



Na ação, Machado diz que "a transferência do atleta para outro clube, percebendo a mesma remuneração, não eximiria o réu do pagamento das parcelas devidas, embora fosse possível renegociar seus vencimentos".



O ESPN.com.br adiantou o imbróglio em setembro do ano passado. Nenhuma das partes quis comentar o assunto.