Em meio a conflitos, CPI das Torcidas é ignorada por vereadores paulistanos

31/3/2016 07:44

Em meio a conflitos, CPI das Torcidas é ignorada por vereadores paulistanos

Com recentes episódios de violência de organizadas, comissão instalada na Câmara de São Paulo não teve quórum suficiente em suas últimas cinco reuniões ordinárias

Em meio a conflitos, CPI das Torcidas é ignorada por vereadores paulistanos

Plenário praticamente vazio para reunião da CPI das Torcidas na última quarta, na Câmara (Foto: Leonardo Lourenço)



Em janeiro, membros da Independente, principal organizada do São Paulo, brigaram com policiais em partida da Copa São Paulo em Mogi das Cruzes.



Em março, o presidente da Gaviões da Fiel, torcida do Corinthians, foi espancado após participar de reunião com líderes de grupos rivais, em crime ainda não esclarecido. No último sábado, integrantes da Mancha Alvi Verde invadiram o CT do Palmeiras para cobrar jogadores após sequência de derrotas.



Mas uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada na Câmara de São Paulo para investigar as organizadas é ignorada por seus próprios membros. As últimas cinco reuniões ordinárias não tiveram quórum suficiente – mínimo de cinco vereadores – e precisaram ser transformadas em reuniões de trabalho, em que não é possível fazer votações ou deliberações.



Nem mesmo a presença de personagens importantes à investigação animou os vereadores a participarem das sessões. No último dia 2 de dezembro, o promotor Paulo Castilho, que encabeça o combate à violência de torcidas no estado, foi ouvido apenas pelo presidente da comissão, Laércio Benko Lopes (PHS), e pelo vice, Conte Lopes (PP).

A CPI deveria ter nove membros, mas Massataka Ota (PSB), que era o relator, deixou o grupo. A vaga continua aberta, já que nenhuma bancada se interessou pela cadeira.



Completam a comissão os vereadores Adolfo Quintas (PSDB), Alessandro Guedes (PT), Rubens Calvo (PMDB), José Police Neto (PSD), Ricardo Teixeira (PV) e Toninho Paiva (PR) – o último esteve presente em apenas um dos 13 encontros, justamente a primeiro, de instalação.



– Entendo que é um assunto importante. O futebol é uma paixão e é economicamente relevante. Se os outros não entendem assim, eu não sou bedel de vereador – afirma Benko Lopes, o presidente da CPI que funciona desde agosto de 2015.



Na última quarta, o plenário ficou praticamente vazio para a reunião que deveria escolher um novo relator – o documento tem que ser entregue no fim de maio – e ouvir presidentes de clubes paulistas, mas os cartolas também não demonstraram interesse no assunto.



O São Paulo, cujo presidente, Carlos Alberto de Barros e Silva, admitiu recentemente financiar as torcidas com ingressos e transporte, enviou um advogado para representar o clube, assim como fez o Palmeiras. O Corinthians contou com superintendente de operações de seu estádio, Lúcio Blanco. O Santos e a Portuguesa não mandaram ninguém.

Outra vez sem quórum, não foi possível escolher um novo relator.



Benko Lopes foi o único vereador a se manifestar. Após meia hora de encontro, chegou Police Neto – ele presidiria uma sessão da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia que aconteceria logo em seguida, no mesmo local.



No fim da reunião foi possível ouvir Police Neto se despedir de Benko Lopes:

– Só eu vim?



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