Na fé! Cinco motivos para o torcedor do Palmeiras acreditar em Cuca

Retrospecto, identificação com o Verdão, postura nos treinos: técnico corre contra o tempo, mas ainda pode dar muitas alegrias ao clube alviverde

Apesar do início ruim, o palmeirense tem motivos para acreditar (Foto: César Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação)



O desempenho dentro de campo é desesperador. O Palmeiras vive seu pior momento na temporada, mas há motivos para o torcedor acreditar no sucesso de Cuca à frente do elenco alviverde. Se por um lado o treinador soma quatro derrotas em seus quatro primeiros jogos, por outro já promoveu mudanças perceptíveis na rotina do clube. A corrida é contra o tempo.



O GloboEsporte.com listou cinco motivos para confiar no novo comandante. Ao longo de sua carreira, Cuca acumula diferentes superstições, como a camiseta com a imagem de Nossa Senhora utilizada na campanha do título da Libertadores do Atlético-MG. Em tempos de crise, talvez seja a hora de o palmeirense ter fé. Veja abaixo:



RETROSPECTO

O início do trabalho de Cuca é preocupante: são quatro derrotas em quatro jogos. Mas o técnico está acostumado a enfrentar situações desse tipo. Em sua apresentação, aliás, ele falou sobre esse retrospecto, relembrando as passagens por Santos, Goiás e Atlético-MG.



Na Vila Belmiro, Cuca acumulou oito resultados negativos. No Goiás, o começo também foi conturbado, mas depois engrenou um trabalho que o levou ao São Paulo para montar base que seria campeã mundial em 2005. No Galo, foram seis derrotas consecutivas no início de uma trajetória que culminaria no título da Libertadores de 2013.





Cuca volta para conquistar títulos, como sonhou quando ainda era jogador (Foto: Rodrigo Faber)



Agora, não pode ser assim. Se repetir o desempenho do Atlético-MG, por exemplo, e perder para Rio Claro e Corinthians, Cuca pode ver o Palmeiras na zona de rebaixamento do Campeonato Paulista. Por isso a promessa é de reação rápida.



IDENTIFICAÇÃO COM O CLUBE

Cuca se tornou o 27º treinador a já ter atuado como jogador do Palmeiras. Mas sua história é peculiar. O ex-atacante era um dos destaques alviverdes no segundo semestre de 1992, quando o clube iniciava sua parceria com a Parmalat. A cada gol, corria em direção à torcida e fazia o gesto de colocar a faixa de campeão.



A vontade de colocar fim à fila de 16 anos era grande, mas o feito não foi concretizado naquele ano. O Palmeiras perdeu as finais do Paulistão para o São Paulo. Cuca se transferiu para o Santos e não fez parte daquele plantel que conquistou o bicampeonato estadual e brasileiro nos anos de 1993 e 1994, além de uma edição do Torneio Rio-São Paulo.



VONTADE DO TÉCNICO

Talvez a interrupção de uma história que poderia ter um final feliz fez com que Cuca acertasse rapidamente com o Palmeiras. O treinador chegou a flertar com outros clubes, como Fluminense, Atlético-MG e São Paulo. Quando procurado, manifestou o desejo de assinar o contrato sem muitos empecilhos em relação à oferta da cúpula alviverde.





Em apenas três dias, Palmeiras entrou em acordo com Cuca e confirmou o acerto (Foto: Agência Estado)



Marcelo Oliveira foi demitido após a derrota em casa para o Nacional-URU, pela Libertadores, no dia 9 de março, uma quarta-feira. No dia seguinte, o Palmeiras já conversava com Cuca. No sábado da mesma semana, o clube confirmou o acerto. Durante a apresentação, já na segunda-feira, o novo técnico reforçou a vontade de voltar ao Palestra Itália.



MÉTODO DE TREINO

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, já em Atibaia, Rafael Marques disse que muita coisa mudou desde que Cuca chegou ao Palmeiras. O atacante reconhece a falta de tempo, mas diz ter certeza de que o modo de trabalhar do treinador renderá resultados positivos no futuro. Basta acompanhar uma atividade para perceber a diferença.





Cuca tem procurado conversar bastante com o elenco (Foto: César Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação)



Cuca é mais participativo, corre entre os jogadores ao longo de todo treino, conversa muito e cobra maior movimentação dentro de campo. Após atuações apáticas, que irritaram o torcedor principalmente por causa da passividade, o dedo do treinador pode amenizar a pressão no pior momento do Palmeiras na temporada.



MOTIVAÇÃO

O estilo de trabalho faz com que Cuca seja tratado pela diretoria do Palmeiras como o nome ideal para esta situação. O histórico do treinador é favorável: times intensos, com jogadores que se entregam em campo e assim conquistam a torcida. Por isso o comandante acumula não só a função técnica, mas também motivacional.

O técnico mostrou estar ao lado de seu elenco. Após a derrota para o Audax-SP, a segunda neste início de trajetória, Cuca trouxe a responsabilidade para si: "A culpa é minha". Após o vexame deste domingo diante do Água Santa, levou o Verdão para Atibaia. Agora, espera que a parceria com os jogadores possa mudar os rumos dentro de campo.