?Se as mudanças dentro de campo não estão acontecendo, fora dele o Palmeiras tenta se reinventar. Antonio Augusto Pompeu de Toledo, presidente do conselho deliberativo do clube, enviou aos conselheiros este mês um comunicado que propõe a reforma do estatuto da instituição, além da criação de um código de ética.
Entre as mudanças mais relevantes estão a redução do número de diretores estatutários (estes não recebem para desempenhar suas funções), a permissão expressa para contratar profissionais remunerados para a gestão do clube e o aumento do mandato do presidente para três anos - atualmente são dois.
Paulo Nobre, atual presidente do Palmeiras, termina seu mandato no fim desse ano. Por isso, Roberto Frizzo, um possível candidato nas eleições palmeirenses, comentou sobre o item e disse que não está claro se essa modificação afetaria a situação de Nobre ou não.
"Concordo com o aumento do mandato, mas esse artigo não pode funcionar de forma retroativa", disse Frizzo, ex-vice de futebol do Alviverde.
A criação de um código de ética também encontra resistência dos conselheiros - inclusive dos grupos aliados a Paulo Nobre, como o de Mustafá Contursi.
"Se for uma 'lei da mordaça' para cercear o direito dos conselheiros interagirem com a imprensa, sou contra. Até porque fere os princípios de transparência tão defendidos atualmente", explicou Frizzo.
O comunicado diz que haverá consultas em reuniões setoriais com grupos de conselheiros, mas muitos deles disseram que, geralmente, 90% da primeira versão é mantido nos documentos que são levados ao conselho deliberativo.
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