Cuca, liderança e artilharia: a boa fase de Alecsandro no Palmeiras

2/4/2016 07:40

Cuca, liderança e artilharia: a boa fase de Alecsandro no Palmeiras

Em alta em 2016, atacante supera críticas do passado para virar esperança até como "falso 10" do Verdão. Ele é artilheiro da equipe ao lado de Gabriel Jesus, com 6 gols

Cuca, liderança e artilharia: a boa fase de Alecsandro no Palmeiras

Alecsandro vive fase de retomada com Cuca à frente do Palmeiras (Foto: Mauro Horita)



Alecsandro prometeu e cumpriu. Antes da partida contra o Rio Claro, o atacante chamou a responsabilidade e, em entrevista coletiva ainda em Atibaia, afirmou que o momento do Palmeiras na temporada exigia participação dos atletas mais experientes do elenco. Mas o gol marcado contra o Rio Claro, que abriu caminho para a vitória do Verdão por 3 a 0, não foi nenhuma surpresa para o atacante na atual temporada



A verdade é que, em 2016, o jogador já vinha sendo peça importante taticamente e também de liderança no dia a dia da Academia de Futebol. A personalidade forte e o bom desempenho em um período de crise técnica palmeirense fizeram com que o atleta de 35 anos superasse as críticas do passado e conquistasse a confiança da comissão técnica e dos torcedores.



Os números destacam bem a mudança de clima de Alecsandro no Verdão. Contratado em junho do ano passado, o jogador não teve muito destaque em 2015, quando marcou apenas dois gols em 18 jogos e teve de conviver com uma certa perseguição. Na atual temporada, já são seis gols em 16 partidas, o que deixa o atleta como o artilheiro da equipe, empatado com Gabriel Jesus.



Contra o Rio Claro, na quinta-feira, a grande novidade do Palmeiras de Cuca foi a escalação com Barrios e Alecsandro. A opção do treinador gerou expectativa de uma formação com mais presença ofensiva, principalmente pela característica de área dos dois atletas. Dentro de campo, porém, a função desempenhada pela dupla foi bem diferente. E aprovada por todos após a vitória por 3 a 0 que começou a devolver a tranquilidade aos alviverdes.



Mais recuado, Alecsandro atuou centralizado, com o apoio de Robinho, depois Allione, e Gabriel Jesus pelos lados. Na frente, apenas Lucas Barrios como referência entre os zagueiros adversários. Na função de "falso 10", o atacante reviveu uma parceria antiga com Cuca, ainda dos tempos de Atlético-MG.



– Nessa função não sou mais o camisa 9, não posso ser cobrado pelos gols. É como o Cuca falou, "eu quero que você se vire, chegue na área, na marcação e na armação". Eu já joguei em alguns momentos, na época do Atlético. Joguei junto com o Jô, joguei alguns jogos que o Ronaldo (Gaúcho) não pode jogar, outros com o Ronaldo no meio.



Depois de quase três anos o Cuca veio com essa novidade. É momento de ajudar, independentemente de fazer gol ou não. Quero estar sempre ajudando. Sei que nessa função posso ajudar também. A equipe tem de entender. Todos fora, principalmente torcedor e imprensa, têm de entender que é uma função diferente – afirmou o jogador.



Mais participativo, Alecsandro fez o combinado, como já vinha fazendo anteriormente, só que agora na nova função. O atacante e armador deu carrinho na defesa, distribuiu o jogo pelo meio-campo, ajudou na marcação e manteve sua importante chegada na área adversária.



Bem articulado nas entrevistas, ele já tomou à frente do grupo para garantir a conquista do título da Copa do Brasil do ano passado, dias antes da decisão contra o Santos, aceitar as críticas, reconhecer a queda de rendimento em algumas ocasiões e até condenar a atitude de quatro palmeirenses que foram a Atibaia na última quarta-feira para um rápido protesto durante o treinamento da equipe.



De uma maneira geral, ele é só elogios aos torcedores do Verdão. E a inspiração por toda essa dedicação vem da própria família. O ex-jogador Lela, o pai do atacante, é torcedor assumido do Palmeiras.



– Se eu estiver de mal com a torcida do Palmeiras vou estar de mal do meu pai, porque ele é palmeirense. Eu escolhi vir para o Palmeiras. Não tenho o que falar do torcedor, que mais uma vez mostrou que é diferenciado. Tivemos mais de 16 mil pessoas (contra o Rio Claro), numa quinta-feira, 20h30, o time numa situação ruim.



Não tem o que falar, tem de ser humilde e reconhecer que estamos num momento ruim. Mas o futebol é bom por causa disso. Entramos em campo em uma situação incomoda na tabela e agora no próximo jogo começamos a pensar em classificação – disse o jogador, já projetando o clássico de domingo contra o Corinthians.





Palmeiras começou o jogo contra o Rio Claro com Alecsandro e Barrios juntos em campo


4398 visitas - Fonte: Globoesporte.com

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