Concentração, alternativas e zaga em alta são armas do Verdão em Rosario

Time agora treinado por Cuca cresce com duas vitórias no Campeonato Paulista e vai à Argentina mais confiante e preparado para evitar eliminação da Libertadores

Sob o comando de Cuca, Palmeiras começa a dar sinais de melhora

(Foto: Cesar Greco/Fotoarena/Divulgação)



O Palmeiras chegará à Argentina para enfrentar o Rosario Central não somente mais confiante pelas duas últimas vitórias, mas também mais preparado. Contra Rio Claro e Corinthians, o time se portou muito bem, concentrado e organizado taticamente , algo que não vinha acontecendo anteriormente.



Depois de interromper uma sequência negativa de quatro derrotas e também vencer um clássico contra o maior rival, mantendo-se com chances no Campeonato Paulista, o desafio é manter a regularidade com um bom resultado também nesta quarta-feira, em compromisso decisivo pela Taça Libertadores.



Se perder para o Rosario Central, o time agora treinado por Cuca estará eliminado da competição sul-americana com uma rodada de antecedência na fase de grupos. Um empate, no entanto, basta para sustentar a possibilidade de classificação para o mata-mata. Até uma semana atrás, o desafio parecia bem mais difícil.



Veja o que mudou:



CONCENTRAÇÃO

Há muito tempo não se via um nível de concentração tão alto dos jogadores do Palmeiras como foi no clássico de domingo, contra o Corinthians. A marcação se antecipou aos corintianos em diversos momentos e a defesa também não foi pega desprevenida em lançamentos longos ou bolas paradas.



VARIAÇÃO TÁTICA

Cuca não tem uma formação fixa. Procura não mudar muitos nomes, mas desenha o time de acordo com o adversário. Diante do Rio Claro, lanterna do Campeonato Paulista, usou três atacantes de origem, sendo dois pivôs - ainda que Alecsandro tenha atuado mais recuado do que Lucas Barrios. Contra o Corinthians, time de melhor campanha da competição, foi mais precavido e escolheu um 4-4-2 que anulou os laterais adversários.





Entrada de Jean deu mais segurança à lateral direita (Divulgação)



DEFESA EM ALTA

Sim, são apenas dois jogos sem sofrer gol. Mas passar intacta nas vitórias sobre Rio Claro e, principalmente, Corinthians, foi um ponto positivo para uma defesa que tinha sido vazada nas quatro partidas anteriores. Pior: tinha tomado quatro gols do Água Santa. Uma diferença importante nos dois triunfos foi Thiago Martins, que ganhou a vaga com a suspensão de Edu Dracena e foi mantido ao lado de Vitor Hugo no clássico - jogo em que, apesar do pênalti cometido, ele teve boa atuação.



LATERAIS SEGURAS

A entrada do volante Jean no lugar de Lucas deu muito mais segurança à lateral direita, um dos pontos fracos desde a época em que o time era comandado por Marcelo Oliveira. Jean não tem a mesma qualidade ofensiva que o dono anterior da posição, mas também bate bem na bola quando preciso. Do outro lado, Egídio vem crescendo a cada partida. Quando quando Zé Roberto atua pelo lado esquerdo do meio-campo, seu trabalho também fica um pouco menos complicado.



BOLA PARADA

Outro detalhe importante a ser observado é quanto à bola parada ofensiva. Até semana passada, parecia haver somente uma jogada ensaiada: cruzamento para Vitor Hugo na segunda trave. O repertório aumentou. Ao menos foi assim diante do Corinthians, quando algumas faltas foram direcionadas mais ao meio da área, e houve cobranças curtas de escanteio, a fim de tirar mais um defensor da área.





Forte marcação foi um dos destaques do Verdão no clássico contra o Corinthians (Foto: Marcos Ribolli )