Palmeiras joga para evitar vexame com só 15% de chances para equipes brasileiras

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Nesta quarta-feira, o Palmeiras joga sua vida na Copa Libertadores da América. Em caso de derrota para o Rosario Central em solo argentino, a equipe do técnico Cuca estará eliminada ainda na fase de grupos do torneio continental, algo raro na história do clube e pouco comum para equipes brasileiras.



Desde 1988, ano em que a Libertadores passou a classificar mais de uma equipe por grupo para as fases eliminatórias, 109 vezes clubes brasileiros estiveram disputando uma vaga, sendo que em 95 delas conseguiram avançar. Somente 14 vezes os times daqui não obtiveram a classificação.



Para ser mais preciso, só em 14,7% das vezes uma equipe brasileira não avançou para as oitavas de final do torneio sul-americano, e se sair derrotado hoje na Argentina, o Palmeiras será mais um equipe a engrossar a lista dos desclassificados ainda na primeira fase.



Aliás, algo que é difícil de ocorrer na história do clube alviverde. Terceira equipe brasileria com mais participações em Libertadores - 16 vezes - o Palmerias, em todas que disputou, caiu em apenas 3 oportunidades na fase de grupos - 1973, 1974 e 1979 -, só que todas antes de o torneio oferecer duas vagas aos melhores de cada grupo.



Dos 27 anos que se passaram de lá até aqui (1988-2015), em apenas 11 deles alguma equipe brasileira foi desclassificada na fase de grupos. O pior ano foi em 2014. Nele, três times pularam fora: Flamengo, Botafogo e Atlético Parananense. Em 2002, tivemos duas equipes fora: Flamengo e Atlético Paranaense. Nos outros oito anos, apenas um brasileiro não avançou.



Até aqui, Sport, Grêmio, Internacional, Juventude, Alético Paranaense, Flamengo, Coritiba, Santo André, Paulista e Botafogo foram as equipes brasileiras que alguma vez não avançaram na Libertadores. O Flamengo é o campeão de eliminações com três. Já o Atlético-PR soma duas desclassificações.



E o adversário de hoje, ao que depender do retrospecto como mandante, tem tudo para dificultar a vida palmeirense. A última derrota do Rosario em seu estádio foi para o Racing por 3 a 0 em dezembro de 2014. A equipe era comandada pelo então interino Hugo Galloni. Já com o atual treinador, Eduardo Coudet, permanecem invictos.



Outro fator que preocupa o técnico Cuca são os desfalques para a partida. Dudu, autor do gol da vitória no clássico contra o Corinthians no último final de semana, e Cristaldo, com lesões musculares, ficaram no Brasil e nem viajaram com a delegação. Já o volante Arouca, desgastado fisicamente, também não foi com o grupo.



Nesta terça feira, a equipe palmeirense pôde sentir mais um pouco do clima de decisão que vai encontrar amanhã. O treino de reconhecimento, que seria realizado no palco do duelo foi cancelado pelo time argentino, que proibiu os brasileiros de realizarem a atividade, alegando que o campo estaria impróprio para uso devido às chuvas que caíram na região.



O Palmeiras ocupa a terceira colocação do grupo dois da Libertadores com quatro pontos ganhos. Já o Rosario é o segundo colocado com sete pontos. Um empate mantém a equipe alviverde viva na competição, mas complica muita as chances de passar na última rodada, quando enfrenta o River Plate-URU em casa. Se voltar com a derrota, estará matematicamente desclassificado.



Sendo assim, o provável time do palmeirense que deve ir a campo é: Fernando Prass; Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel, Matheus Sales, Robinho e Zé Roberto; Gabriel Jesus e Alecsandro.



Rosario Central e Palmeiras se enfrentam hoje, pela quinta rodada do grupo 2 da Libertadores, às 21h45 (de Brasília), no estádio Gigante de Arroyito. Se não quiser ser mais um time para a estatística, a vitória se torna quase que uma obrigação para os jogadores palmeirenses, caso contrário, ela vai aumentar.