Atual técnico são-paulino, argentino é um dos grandes idolos do Rosario Central (Foto: Marcos Ribolli)
Atual técnico do São Paulo, Edgardo Bauza é um dos maiores ídolos da história do time que será adversário do Palmeiras nesta quarta-feira: o Rosario Central. Ligado ao clube desde a infância por conta de seu pai, que também foi jogador da equipe, Patón acredita que o Verdão terá dificuldades para segurar a pressão – especialmente nos primeiros minutos de jogo.
Mesmo jogando como zagueiro, Bauza se tornou o segundo maior artilheiro da era profissional do Rosario Central – atrás apenas de Mario Kempes. É lembrado principalmente pelos gols que marcou contra o Newell’s Old Boys, maior rival do clube "canalla" – como é apelidado o Central por seus torcedores.
Atualmente morando em São Paulo, a milhares de quilômetros da cidade onde virou ícone, Patón continua acompanhando seu time de coração. Fala com propriedade sobre o elenco, considerado por ele jovem e com potencial para crescer, e sobre o trabalho de Eduardo Coudet, técnico que transformou o Rosario Central em sensação
nacional no ano passado.
– O Central tem um bom time. Um time que, como mandante, é muito perigoso. Tem bons atletas, impõe muita pressão ao adversário. E a torcida também faz um papel muito importante. O Palmeiras vai ver, porque vai jogar com estádio cheio, com 45 mil pessoas. Vai ser um jogo onde o Central vai pressionar desde os primeiros minutos, e o Palmeiras, se não estiver preparado, vai passar mal – afirmou Bauza ao GloboEsporte.com.
– É uma equipe muito difícil de bater como mandante, porque ataca com muita gente, impõe o ritmo. E conta com jogadores que estão em um momento muito bom, como Marco Rúben. Lo Celso, Cervi... São jogadores ágeis, muito rápidos.
Questionado sobre a principal dificuldade que o Palmeiras encontrará no Gigante de Arroyito, estádio onde o Rosario Central não perde desde novembro de 2014, o técnico citou os momentos iniciais da partida. Para ele, a combinação entre a torcida inflamada e a equipe com ímpeto ofensivo podem ser fatais para o Verdão.
Bauza tem grande identificação com o clube argentino (Fotos: Reprodução/Instagram e Rodrigo Faber)
– Aguentar os primeiros 20 minutos de pressão que o Central vai exercer. Vai haver muita muita velocidade. E a pressão também de toda a torcida. São 45 mil pessoas, que vão gritar e vão tratar de empurrar a equipe do Central. O Palmeiras tem que ter personalidade para poder suportar – argumentou.
Um dos maiores parceiros de Bauza à época de Rosario Central, o também ídolo do clube Omar Palma concorda com Patón. Para ele, que era camisa 10 da equipe campeã argentina em 1980 e 1987, a organização do atual time vem fazendo a diferença, especialmente nos jogos em casa.
– Coudet formou uma grande equipe. Os jogadores deram resultado. Marco Ruben passa por um momento muito bom. Ainda tem Lo Celso, Cervi... Cada um sabe bem o que fazer dentro de campo. Isso é importante. É muito difícil quem vem de fora ganhar aqui. O time tem atacantes rápidos e meio-campistas habilidosos – explicou o ex-meio-campista.
Omar Palma foi um dos maiores parceiros de Bauza em seu período como jogador (Foto: Rodrigo Faber)
Rosario Central e Palmeiras fazem o jogo decisivo nesta quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), no Gigante de Arroyito. Com quatro pontos, o Verdão será eliminado da Libertadores em caso de derrota. O time argentino, com sete, se classifica com uma vitória.
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