A bola parada contrária ainda arrepia o torcedor do Palmeiras em 2016. No jogão de quarta-feira, que terminou empatado por 3 a 3, o Rosario Central buscou o empate duas vezes em cobranças de falta e quase venceu graças a um pênalti infantil.
Não venceu porque, apesar dos vícios, o time treinado por Cuca – que vem variando de acordo com o adversário – mostrou valentia, buscou o terceiro gol mesmo com um jogador a menos e evitou a eliminação na Libertadores.
Dava até para ter derrubado a longa invencibilidade do Rosario em casa. Porém, o técnico não pode pagar sozinho a conta dos dois importantíssimos pontos deixados na Argentina. Longe disso. O primeiro empate saiu em um desvio de Robinho, que tirou a bola do alcance de Fernando Prass. Foi azar, mas há espaço para ensaiar melhor a (quase sempre confusa) formação da barreira e o posicionamento dos atletas na área.
O segundo empate, já na etapa final, surgiu em jogada ensaiada idêntica à que a equipe argentina já havia tentado no primeiro encontro, na capital paulista, quando o Palmeiras ainda era comandado por Marcelo Oliveira. De novo, faltou atenção para acompanhar o meia que aparece de surpresa na área e recebe o passe do cobrador.
À essa altura, Cuca já tinha feito duas alterações: Lucas Barrios no lugar de Alecsandro, e Zé Roberto na vaga de Robinho. Pouco depois, Vitor Hugo, um dos três zagueiros do surpreendente esquema tático 3-5-2 de Cuca, fez pênalti bobo. Fernando Prass quase tocou a bola, mas milagres não acontecem todos os dias. Pela primeira vez, o placar do Gigante de Arroyito apontava o time mandante em vantagem.
Defesa palmeirense foi formada com Thiago Martins, Edu Dracena e Vitor Hugo; no meio-campo, Gabriel começou como volante pela direita, porém inverteu com Matheus Sales devido às subidas da equipe argentina pelo lado oposto
A derrota parcial eliminava o Palmeiras. O cenário, muito difícil, piorou com a expulsão de Gabriel Jesus, que fazia bela partida até então, com dois gols e uma bola na trave – houve outra no travessão mais tarde, em cabeceio de Edu Dracena.
Até que Barrios, após bola cruzada por Egídio, empurrou a bola para a rede aos 31 minutos. Daí até o apito final, restou ao Palmeiras se segurar com praticamente dois homens a menos, já que o atacante paraguaio pediu para seguir em campo até o final mesmo sentindo incômodo.
A disposição permitiu que fosse guardada uma substituição. Quase nos acréscimos. Lucas entrou no lugar de Gabriel, volante que errou muito, e Jean voltou ao meio. Mudança que ajudou a gastar tempo diante da pressão adversária e a garantir ao menos um ponto.
Para quem estava atrás no placar e tinha um jogador expulso, foi um ponto ganho e uma sobrevida na Libertadores. Ter estado duas vezes em vantagem e acertado duas bolas na trave pode ser motivo para lamentar, principalmente porque, na última rodada, não bastará ao Palmeiras vencer o River Plate uruguaio em casa.
Ou pode ser motivo para valorizar o trabalho (ainda incompleto) do recém-chegado Cuca. Simule aqui o que o Palmeiras precisa para classificar.
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