Uma noite bipolar palmeirense. Exatamente como somos

15/4/2016 21:29

Uma noite bipolar palmeirense. Exatamente como somos

Uma noite bipolar palmeirense. Exatamente como somos

Essa da foto sou eu. E aquele 2x0 fez doer. A parte boa dessa dor é que só faz aumentar ainda mais o amor.



A dor latente vem das bolas na trave no Uruguai, da derrota em casa, dos gols sofridos, dos pênaltis infantis e de um time covarde. Time que não era esse de agora. O sofrimento era por um elenco que nos trazia desespero. Desespero demonstrado no toque de bola e nas finalizações que passavam longe do gol.



Mas o Palmeiras é movido à base de sentimento. Sempre foi. Por isso chegou um dos nossos. Alguém que levanta a cabeça após uma derrota, assume a responsabilidade e garante que dias melhores virão. Assim como o nosso olhar, na saída do estádio, garantia ao irmão alviverde que algo está por vir.



Foi uma noite bipolar palmeirense. Como somos. Entre a tristeza de ver o time abandonar uma obsessão e a alegria de ver jogadores que sabem o que fazer com a bola. Eu disse que eles deveriam jogar por nós. E jogaram. Até o fim. Quando nossa garganta não conseguia mais gritar gol, quando os olhos custavam acreditar no resultado do Uruguai, quando o coração pareceu perder a fé. Eles continuaram. Eles bombardearam o gol adversário. O nosso 10 voltou nota 10. Sendo um 10. Valendo por 10. O melhor lateral esquerdo de 2014 renasceu e, a esperança que parecia perdida naqueles dois gols, voltou. A corneta não soa, porque o som vem dos aplausos. Do reconhecimento.



Dessa vez é uma dor diferente. É a melancolia de ver a apresentação que esperamos há meses não garantir a classificação que sonhamos no último ano.



Tava doendo, mas já passou. O Palmeiras é muito maior do que qualquer competição. Veja pela torcida que cantou os 90 minutos sem parar, mesmo quando tudo estava perdido. Fazemos por amor.



Entre as minhas lágrimas que a câmera filmou, a torcida cantava atrás os versos mais bonitos que já ouvi, aos pulmões, com a alma. E eu já não chorava por tristeza, chorava de gratidão e amor. Por ter escolhido viver do verde. Por fazer parte daqueles que me representam. Daqueles que cantaram por mim quando eu não pude. E que me fizeram lembrar que a gente transforma a lealdade em padrão. Porque, de fato, somos campeões.





Não houve vaias. Muito menos agressividade. Na caminhada pelas escadas, no corredor que nos levava para fora do portão da nossa casa, havia lágrimas nos olhos, ombros pesados e um sorriso de canto que significava: perdemos essa, mas vamos ganhar as outras. Temos um time.



Repitam: temos um time.



E de uma coisa eu tenho certeza: ninguém nunca vai precisar pedir pra gente sair do sofá, porque a arquibancada é o nosso lugar.



Ah, só pra lembrar, a taça da Copa do Brasil ainda está na nossa casa, viu?



Como palmeirense bipolar que sou, é assim que sigo.







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5157 visitas - Fonte: ESPN FC

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