A vitória do Palmeiras sobre o River Plate-URU por 4x0 nesta quinta-feira parece ter servido como atenuante de algo que não pode ser esquecido: a eliminação na primeira fase da Libertadores é um vexame histórico protagonizado por um clube com muito mais receita e gastos do que Nacional-URU e Rosário-ARG.
Apenas o técnico Cuca, que não tem nada a ver com a situação porque nem teve tempo de treinar a equipe ainda, conseguiu externar de forma clara a realidade em sua entrevista pós jogo. Constrangido, apesar de ter olhado para o futuro com esperança e confiança, ele pediu desculpas para a torcida e criticou a atuação do time.
Já os jogadores estavam em outra dimensão, numa alienação que só faz mal ao próprio elenco. Comemoraram gols que nada valeram, entoaram elogios a si próprios e saíram de campo felizes e satisfeitos pelo jogo, como se efetivamente tivessem feito a parte deles na competição. Evidente que não fizeram parte alguma. Tivessem feito o Palmeiras não estaria eliminado. Parte dos torcedores entrou nessa, num exercício de falta de senso crítico que sempre assusta. Como comemorar uma vitória que significa um fracasso enorme?
Paulo Nobre e Alexandre Mattos conduziram muito mal o processo no futebol do time que terminou com a saída precoce da Libertadores. Foram apenas oito pontos em 18 disputados e essa medida não pode ser perdida jamais. Tem, ao contrário, que ser lembrada para que não ocorra de novo. Foi um vexame, como será o do São Paulo (caso ocorra na semana que vem) em um grupo ainda mais fraco, com The Strongest e Trujillanos.
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