Cleiton Xavier abraça Allione durante jogo da última quinta (Foto: Marcos Ribolli)
A longa espera terminou. Após 239 dias fora dos gramados, Cleiton Xavier entrou na segunda etapa da partida entre Palmeiras e River Plate-URU, na última quinta-feira – jogo que terminou com vitória alviverde por 4 a 0, pela última rodada do Grupo 2 da Taça Libertadores da América (veja os lances da partida no vídeo acima). Além do reforço técnico, o retorno do camisa 10 representa muito no aspecto tático para a equipe de Cuca.
Com característica de passe e finalização, Cleiton é visto como a peça que falta ao Palmeiras. O desfalque do meia foi muito sentido no início da temporada, quando a equipe enfrentou grande crise criativa. Com Robinho irregular e Régis sem embalar, o Verdão sofreu com a ausência de um toque de qualidade no controle da bola pelo meio-campo.
– Muito me cobravam: cadê o camisa 10? Sempre falei que o camisa 10 está se recuperando. Infelizmente, Cleiton teve as contusões. Está se tratando, é um atleta exemplar e goza da confiança da comissão técnica e da diretoria toda – afirmou o presidente Paulo Nobre.
O retorno do meia começa dar a Cuca alternativas para escalar o setor de criação. Antes sobrecarregado, Robinho agora tem chance de dividir as funções no meio-campo. As outras opções para o setor atuam mais pelo lado (Allione e Zé Roberto) ou têm características mais ofensivas (Rafael Marques e Erik).
Na ausência de um armador, Alecsandro foi recuado por Cuca e passou a jogar como meia. Na função, que já havia desempenhado com o treinador no Atlético-MG em 2013, o atacante passou a participar mais do jogo e, mesmo sem a função de ser o goleador principal, balançou mais as redes – o gol contra o River Plate, na quinta-feira, foi o oitavo dele na temporada.
Agora com Cleiton Xavier de volta, o Palmeiras ganha a possibilidade de fazer mais variações táticas, até durante as partidas. O time de Cuca tem entrado em campo no 4-2-3-1, mas alternando para o 4-4-2, o 4-3-3 e até o 3-5-2. Depois da goleada sobre o River Plate, o treinador comemorou o reforço caseiro.
– Vamos ficar bem servidos com a recuperação (de Cleiton), com a chegada de outros, como o Róger Guedes. Tem o retorno do Gabriel Jesus. Já demos um ritmo para o Cleiton, não arrisquei pôr o Dudu (contra o River) porque não tinha uma necessidade – avaliou o comandante.
Formação com três atacantes pode ter Cleiton Xavier mais recuado
No 4-2-3-1, Cleiton Xavier seria o armador principal
Palmeiras pode atuar com dois volantes, com Robinho e Cleiton dividindo a armação
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