Em reunião do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) nessa quinta-feira, o mandatário disse que a aposta é nos patrocínios pontuais. A Fini, fabricante de doces, pagou cerca de R$ 150 mil para ter sua marca exibida na vitória por 3 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, na quarta-feira, duelo que teve transmissão pela TV aberta.
O pequeno número de partidas transmitidas pela Globo dificulta este tipo de acerto. A emissora tem como justificativa os números da audiência: o jogo entre São Paulo e CRB, na semana passada, foi visto por mais pessoas do que o duelo do Verdão com os maranhenses.
Em fevereiro, no clássico contra o Corinthians, foram quatro acordos pontuais que renderam R$ 400 mil. O principal, com a montadora Cherry, não foi pago em dinheiro, mas em automóveis no valor de R$ 50 mil cada, que devem ser vendidos pelo clube.
O Verdão ficou perto de acertar com a Caixa Econômica Federal. A ideia era receber R$ 30 milhões por um ano de contrato, mas a empresa reduziu seus investimentos no futebol e recuou quando as conversas já estavam em estágio avançado. O diretor-executivo José Carlos Brunoro afirma que visitou centenas de empresas. A HP chegou a abrir conversas há alguns meses, mas também não avançou
O clube justifica a ausência de um patrocinador com a concentração de investimentos em ações ligadas à Copa do Mundo. O crescimento do programa Avanti de sócio-torcedor, que foi de 8 mil para quase 40 mil inscritos nesta gestão, é visto como fonte de receita alternativa, embora a diretoria admita que não tem o mesmo peso de um acordo master.
Para driblar as dificuldades financeiras, Paulo Nobre já pegou cerca de R$ 85 milhões emprestados em seu nome. Ao menos nos últimos dois meses a prática foi abandonada. Como o mandato do presidente termina no fim do ano, a questão deverá ser submetida ao Conselho Deliberativo para que o clube tenha um prazo longo para pagar a dívida com ele.
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