Cuca destacou a força do Santos como mandante (Foto: César Greco / Ag. Palmeiras / Divulgação)
Lucas Lima foi novamente assunto no Palmeiras. Mas não se trata de nenhuma nova polêmica envolvendo o meia e a torcida alviverde. Nesta sexta-feira, na última entrevista coletiva antes da semifinal de domingo, Cuca foi questionado pelos jornalistas na Academia de Futebol sobre a rivalidade e as provocações que vinham tomando conta do clássico nos últimos meses.
O treinador, que já havia comentado as publicações irônicas do meia santista após a goleada sofrida pelo Verdão contra o Água Santa, voltou a falar sobre o assunto.
– Eu falei o que eu acho. Qualquer um de vocês, independente do time que você torça, se alguém tirar sarro do teu time... Ele está defendendo a nossa cor amarela (Seleção), como você vai torcer para ele ir bem, mesmo sendo brasileiro? São coisas até para o próprio Lucas pensar no futuro. Temos de ter cuidado porque somos pessoas públicas – disse o palmeirense.
Desde a última segunda-feira, quando o Palmeiras venceu o São Bernardo, Cuca vem falando sobre o clima da partida. Para evitar qualquer polêmica antes do confronto, o treinador ressaltou a importância de uma preparação emocional antes de mais uma decisão contra os santistas.
– Motivação entra até começar o jogo. Dali para frente tem de ter equilíbrio. Não pode passar o limite. Acho errado esse tipo de conduta. Teve um jogador meu que fez alguma coisa que eu falei que não era ideal. São provocações. Tem jogador que gosta de polêmica, eu prefiro ficar quieto no meu canto. Mas nem todo mundo é igual – declarou o treinador.
– Da nossa parte, o que eu tenho conversado é que é um jogo importante, mas de equilíbrio e com limites, dentro das regras do futebol. Nada mais que isso. Senão ultrapassa o caminho do esporte e se prejudica com jogador expulso. Buscamos um time equilibrado. Dá para se levar em tom de brincadeira, parte do contexto. Não houve falta de respeito, é bom salientar. Vão jogar dois times, só vai passar um. Isso é do futebol. Tomara que seja a gente – completou.
Amigo de Dorival Júnior, técnico do Santos, Cuca é só elogios ao desempenho do rival. Ciente da força do Peixe como mandante, o palmeirense estuda maneiras de parar o ataque alvinegro e acabar com uma série invicta dos adversários em casa: já são 25 partidas de invencibilidade na Vila Belmiro – pelo Paulistão, a última derrota na Baixada foi em 2011, justamente contra o Palmeiras.
– O lado direito, com o Victor Ferraz, é um ponto forte. Um jogador extremamente técnico. Vem pelo lado ou por dentro. Do outro lado, com o Zeca, também. Tem os dois meninos que fazem a segunda diagonal. A primeira quem faz é o Ricardo Oliveira. Se cuidar de um e não cuidar do outro eles entram. São coisas importantes, a saída do Maia e do Renato, sem falar do Lucas Lima, que é um grande articulador. O futebol brasileiro tem pouquíssimos, não sei nem se tem algum tão bom quanto ele. A bola parada também é boa – disse o comandante palmeirense.
– Todos sabem que é muito difícil jogar na Vila. Acho que o Dorival não perdeu lá ainda. É torcida única. O treinador já tem um conhecimento grande da equipe. São vantagens que o Santos tem. Do outro lado entra um time que está em crescimento, aprendendo a ter regularidade e faz a gente ter confiança também – acrescentou.
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