?Começar um novo trabalho é sempre uma tarefa complicada - especialmente se este trabalho é comandar um dos maiores clubes de futebol do Brasil. E como era de se esperar, Cuca não teve vida fácil em seu início no Palmeiras. Entre eliminações e novas contratações, o treinador completa 50 dias de Verdão ainda buscando moldar o elenco alviverde e encontrar o padrão de jogo ideal.
Voltando um pouco no tempo, percebe-se que a largada realmente não foi fácil. Foram quatro derrotas nos quatro primeiros jogos, incluindo um revés para o Nacional - que complicou demais a vida do clube na Libertadores - e uma goleada de 4x1 para o Água Santa - equipe que terminou rebaixada no Paulistão. Apenas na quinta partida Cuca foi saber o que é vencer no Palmeiras: 3x0 sobre o Rio Claro e a garantia de um pouco de tranquilidade no cargo.
A partir do primeiro triunfo, as coisas começaram a mudar. Vitória no clássico contra o Corinthians e atuação corajosa contra o Rosario Central, na Argentina. Um time que estava totalmente desacreditado algumas semanas antes surgia novamente com força na Libertadores e no Paulistão. Mas a alegria durou pouco: os tropeços na Libertadores cobraram seu preço e a equipe ficou de fora do mata-mata. No Paulista, uma decisão por pênaltis contra o Santos encerrou a participação alviverde.
Neste momento em que completa 50 dias à frente do clube, Cuca foca seu trabalho mais no planejamento do elenco do que em questões do campo. Foi por sua indicação que o Verdão buscou a surpreendente troca com o Cruzeiro (Lucas e Robinho por Fabiano e Fabrício). O departamento de futebol segue atento ao mercado e é praticamente certo que outros atletas venham para compor o elenco. A porta de saídas também está escancarada: Cuca quer diminuir o tamanho do plantel, priorizando jogadores polivalentes.
Em duas semanas, o Palmeiras estreia no Brasileirão, grande objetivo do segundo semestre. Certamente, a equipe estará em um estágio mais avançado, e com certeza, mais com a cara de Cuca.
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