Paulo Nobre soma empréstimos ao Palmeiras (Foto: Rodrigo Faber)
O Palmeiras chegou a três meses sem receber de seu patrocinador. Por conta de aditivos no contrato com a Crefisa, que ainda não foram assinados por ambas as partes, o Verdão já tem aproximadamente R$ 19,5 milhões acumulados (R$ 6,5 milhões por mês) a serem creditados pela investidora.
O valor é referente ao patrocínio e ao salário do atacante Lucas Barrios, que recebe uma quantia mensal em dólar que, com a conversão, beira R$ 1 milhão e é totalmente bancada pela empresa.
Quem vem mantendo os cofres palmeirenses e os vencimentos do atacante paraguaio em dia nesse período é o presidente Paulo Nobre, que já empresta dinheiro ao clube desde sua primeira gestão, iniciada em 2013. Ele já havia injetado dinheiro próprio no fim de março deste ano.
Em setembro de 2014, o Conselho Deliberativo palmeirense aprovou um mecanismo para o pagamento das dívidas do clube com Paulo Nobre e, desde maio de 2015, 10% da receita é separada para abater os débitos com o atual mandatário. O valor total dos empréstimos supera R$ 100 milhões.
A dívida da Crefisa com o clube incomoda o COF (Conselho de Orientação Fiscal), órgão que conta com integrantes contrários à dependência dos empréstimos pessoais de Nobre. O mandato do presidente termina no fim do ano.
Além disso, os altos custos do departamento de futebol, principalmente em contratações, também é motivo de discussão interna. Para o Brasileirão, o clube já tem quatro contratações acertadas: chegaram o lateral Fabiano e o meia Fabricio, envolvidos em troca que mandou Robinho e Lucas para o Cruzeiro. Ainda chegarão Tchê Tchê, destaque do Audax, e o zagueiro Yerry Mina, do colombiano Independiente Santa Fe.
A diretoria do Palmeiras não comenta o assunto oficialmente. Sem contabilizar os empréstimos deste ano, que já ultrapassaram R$ 20 milhões, o balanço do Palmeiras estima a dívida do clube a Paulo Nobre em R$ 93 milhões. A reportagem tentou contato com a Crefisa, mas não obteve sucesso.
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