Cuca cobra Tchê Tchê: rotina com os jogadores nos treinos (Foto: Rodrigo Faber)
A confiança do torcedor palmeirense no trabalho de Cuca é evidente. Ao adotar o discurso de que o Verdão será campeão brasileiro, o técnico reformulou a equipe, que impressionou pela intensidade em campo na goleada por 4 a 0 sobre o Atlético-PR. Além disso, espantou um trauma que atormentava os alviverdes.
Há pouco tempo, a torcida alviverde já não aguentava mais falar sobre o 4-2-3-1, utilizado por Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira. A formação, que domina o futebol atual, era a aposta dos dois treinadores anteriores. Não funcionou no Palmeiras.
Cuca chegou com a missão de dar uma nova cara ao time. Demorou a engrenar, mas conseguiu o objetivo em pouco mais de um mês de trabalho. Aos poucos, os jogadores foram assimilando a nova filosofia. Os resultados em campo mostram a diferença: já são oito partidas sem derrota.
O atual Palmeiras também joga com dois atacantes abertos pelas pontas, um meia com a missão de organizar as jogadas ofensivas, um centroavante como referência e dois volantes. No papel, o padrão parece ser o mesmo dos antecessores. Na prática, o time é completamente diferente.
– Nos primeiros jogos do Cuca tivemos muitas variações no modo de jogar, mas sem treinos, às vezes só na conversa. Esses 20 dias foram para testar opções. Elogiamos o elenco, que é homogêneo, que dá características de velocidade, cadencia, e o treinador se torna melhor por saber usar isso – disse Fernando Prass.
É possível enxergar diferentes variações em uma mesma partida. Na estreia do Brasileiro, por exemplo, o versátil Tchê Tchê, destaque do Audax no Paulistão, atuou de lateral direito, volante e até meia.
– Treinamos essas variações, que dificultam para o adversário. Quanto mais conseguirmos manter isso aqui dentro, melhor – completou o goleiro.
Essa capacidade de mutação pode ser o diferencial do Palmeiras para que Cuca consiga cumprir a promessa feita no início do Brasileirão. A competição de 38 rodadas exige uma equipe que saiba se adaptar de acordo com a dificuldade de cada jogo. No primeiro desafio, o torcedor ao menos já superou o trauma. O treinador não fica preso a um esquema tático, e isso funciona.
Cuca espantou o trauma do Palmeiras com o esquema tático (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)
Próximo adversário: Ponte Preta
Local: Moisés Lucarelli, Campinas-SP
Data e horário: sábado, 16h (horário de Brasília)
Escalação provável: Fernando Prass; Tchê Tchê, Thiago Martins, Vitor Hugo e Egídio; Matheus Sales, Jean e Cleiton Xavier; Róger Guedes, Gabriel Jesus e Lucas Barrios (Alecsandro)
Desfalques: Edu Dracena, Roger Carvalho, Régis, Leandro Almeida
Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (RS-Fifa) apita auxiliado por Daniel Paulo Ziolli (SP) e Ricardo Pavanelli Lanutto (SP)
Transmissão: Premiere
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