Clássico sul-americano: Gareca dá esperança a Racing e Palmeiras

Técnico argentino deu respostas animadoras em reuniões com os dois clubes e decisão vai depender do país em que ele deseja trabalhar. Filho quer o Verdão

Gareca é alvo de disputa entre dois clubes (Foto: AFP)



Palmeiras e Racing (ARG) estão disputando os serviços de Ricardo Gareca em um equilibrado "clássico" entre Brasil e Argentina. Os dois clubes tiveram reuniões com o técnico na semana passada, e ambos se animaram. Empolgado com os dois projetos, ele só precisa decidir em qual país quer trabalhar.



O Verdão topa desembolsar cerca de R$ 200 mil mensais, mais bônus por metas alcançadas. Já o Racing, segundo a imprensa argentina, se dispõe a pagar aproximadamente 1 milhão de dólares ao ano (R$ 184 mil a cada mês de trabalho).



Víctor Blanco, presidente do Racing, falou com o treinador na semana passada e diz que pretende reunir-se novamente hoje ou amanhã. Já o Palmeiras dá sequência às conversas pelo telefone e espera receber o argentino no Brasil nesta semana se a negociação esquentar mais.



O gerente de futebol Omar Feitosa e o vice-presidente Genaro Marino voltaram satisfeitos de Buenos Aires, onde conversaram com Gareca e abriram a discussão salarial. O Verdão crê que o papo está em estágio avançado. O Racing, também.



O diário "Olé", principal jornal esportivo da Argentina, publicou ontem que a proposta alviverde foi recusada pelo técnico no último sábado.



O clube, no entanto, ainda não recebeu um parecer definitivo de seu principal alvo para substituir Gilson Kleina e continua tentando convencê-lo, embora não descarte que a decisão do argentino já esteja tomada e ainda não tenha sido comunicada.



De acordo com o veículo do país vizinho, um dos motivos seria a relutância da família de Gareca em deixar a Argentina. Em contato com a reportagem do LANCE!Net, no entanto, seu filho mais novo minimizou esta influência e disse que a decisão será tomada somente pelo pai.



Mas Gareca realmente vai ouvir a opinião da esposa antes de dar a resposta aos seus pretendentes. O filho diz que ela ainda não deu o palpite. O argentino de 56 anos, desempregado desde que saiu do Vélez (ARG), em dezembro, é o único técnico que já negocia com o Verdão. Dorival Júnior está em espera.



Leia o bate-bola completo com Robertino, 22 anos, filho de Gareca:



LANCE!Net: A imprensa argentina diz que a pressão da família afasta seu pai do Palmeiras. É verdade?



Robertino: Não, nós não vamos interferir. Meu pai vai escolher o melhor para ele e depois vamos conversar. Creio que ele tem muita vontade de ir ao Brasil, e pessoalmente prefiro que vá para o Palmeiras. É um país importante no futebol.



Você, seu irmão mais velho e sua mãe são os únicos que podem influenciar na decisão?



Na verdade, só a minha mãe. A opinião dela conta muito, mas não paramos para conversar sobre isso, não sabemos o que ela pensa sobre a ida do meu pai ao Brasil. Ele que está decidindo.



Gostaria de morar no Brasil?



É um país importante, mas certamente meu irmão e eu ficaríamos na Argentina.



Seu pai comentou com você sobre as negociações?



Não, ele está conversando e decidindo o que é melhor.



Lucas Pratto trabalhou com ele no Vélez e é pretendido pelo Palmeiras. Como era a relação?



Era muito boa. A relação do meu pai com os jogadores era ótima, ainda mais com o Lucas. Seria ótimo que ele fosse ao Brasil se o meu pai acertar. É muito bom.



Acha provável que ele saia?



Aí você teria que perguntar ao Lucas (risos). Eu não sei...

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