Rio 2016 é a chance para Pacaembu resgatar lado esquecido e fazer dinheiro

2/6/2016 07:50

Rio 2016 é a chance para Pacaembu resgatar lado esquecido e fazer dinheiro

Rio 2016 é a chance para Pacaembu resgatar lado esquecido e fazer dinheiro

Quadra dentro do complexo do Pacaembu





Um pouco desgastada pelo tempo, a placa ainda resiste e aponta aos torcedores onde fica a 'Sahida' mais próxima. No mesmo local outro aviso indica o caminho para as 'Archibancadas'. Não muito longe desses pontos, uma estrutura de madeira datada de 1942 mostra-se pronta para receber tenistas profissionais ou não. Tudo dentro do complexo do Pacaembu, cuja área mais conhecida e utilizada é o estádio.



Pois é justamente para resgatar e colocar em uso essas áreas olímpicas que a administração do estádio municipal convocará empresários, esportistas e jornalistas no próximo dia 21. Diante desse público, a ideia é apresentar espaços que são quase desconhecidos do público em geral para atrair interessados e gerar receita.



As áreas citadas acima correpondem as quadras de saibro e à piscina, que foram reformadas recentemente. Esses locais guardam detalhes da origem do Pacaembu, construído no final dos anos 30 e inaugurado em 27 de abril de 1940.



Além da grafia antiga em algumas placas, ainda se encontram lá as bombas e os filtros originais da piscina, que datam de 1941, e estão preservados como parte da história.



De todo o complexo, o campo é o setor utilizado com maior regularidade. Além de abrigar jogos de futebol, vem sendo utilizado pela seleção brasileira de rugby e outros eventos, alguns organizados por empresas que pagam aluguel ao estádio.



Neste mês de junho, nos dias 25 e 26, vai abrigar um evento de resistência (Arena Bravus Black), com corrida de obstáculos, levantamento de peso etc. Em 24 de julho, receberá a tocha olímpica, que deve ficar exposta dentro do gramado para o público.



Aliás, a Olimpíada tem sido uma aliada do Pacaembu neste ano.



Apesar de a sede ser no Rio, os Jogos têm tido como efeito alguns eventos no estádio paulistano. Todas as sextas-feiras cerca de 500 crianças de escolas públicas visitam o local e tem contato com informações de outros esportes. Em julho, a tocha ficará por uma hora no estádio e o acesso dos torcedores será gratuito. Já em agosto, durante a Olimpíada, o salão nobre vai abrigar uma exposição com quadros ligados aos Jogos.



Piscina no completo esportivo do Pacaembu





USO DO PACAEMBU



O uso do estádio gera receitas que ajudam a pagar o Pacaembu. O custo do complexo é R$ 9 milhões anuais, segundo o orçamento aprovado pela prefeitura.



Considerando apenas o aluguel pago nos jogos profissionais, foram arrecadados R$ 883.060,00, o que corresponde a 9,8% do custo total do estádio.



Por isso há a ideia da Secretária Municipal de Esportes, Recreação e Lazer de explorar outras áreas do complexo esportivo para aumentar a arrecadação.



O aluguel cobrado para uso da piscina em competições oficiais em que não seja cobrado ingresso do torcedor é R$ 9.753,00. Já o aluguel da quadra de tênis coberto para evento sem a cobrança de ingresso é R$ 3.751,00, para citar dois exemplos.



O secretário de Esporte, José de Lorenzo Messina





"Existe um desconhecimento dos agentes do esporte, das empresas que fazem eventos na cidade, das empresas que fazem eventos corporativos, das empresas que fazem eventos esportivos e dos patrocinadores do real potencial de uso do Pacaembu", disse à ESPN José de Lorenzo Messina, 57, que comanda a pasta desde abril.



"Existe desconhecimento total do patrimônio esportivo que o Pacaembu oferece com o ginásio, as quadras, a piscina. O evento que vamos fazer no dia 21 de junho será para mostrar isso e para mostrar os preços que praticamos ao alugar os espaços do Pacaembu", disse.



Messina assumiu o cargo após o antecessor, Celso Jatene, deixar o cargo em 30 de março para iniciar a campanha para a câmara dos vereadores da cidade.



Formado em engenharia e com trajetória na iniciativa privada (ficou dez anos no grupo Telecom Itália e cinco na Telefonica), Messina disse à reportagem que a política dele é continuidade do que vinha sendo feito pelo antecessor.



A temporada atual vem até sendo melhor para o Pacaembu. Até aqui o estádio recebeu 16 jogos oficiais de futebol, além de dois de categorias de base - final da Copa São Paulo sub-20 e da Copa do Brasil sub-17. Ano passado foram 11 jogos, somando tudo.



A quantidade de jogos vai aumentar. Nesta quinta, o Palmeiras receberá o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro. No domingo, será a vez do Santos encarar o Botafogo. Entre julho e agosto, o Corinthians deve fazer de cinco a sete jogos porque vai seder a Arena de Itaquera para o Comitê Organizador do Rio 2016 usar nos Jogos.



Mas a secretária de Esporte diz que o Pacaembu não deu nem dá prejuízo.



"Todo o dinheiro arrecadado volta para o próprio estádio e uma parte vai para o fundo municipal de esporte, que depois reverte esse dinheiro para política de esporte da cidade", disse Messina, que ressaltou a busca por mais fontes de receitas.



"Queremos mostrar aos patrocinadores e as entidades ligadas ao esporte que hoje a dinâmica público-privado é muito aberta. Se tivéssemos um patrocinador interessado em reformar os vestiários podemos pensar em uma contrapartida para oferecer em troca. Se algum se interessar em melhorar a iluminação do estádio, pintar as laterais do estádio, é a mesma coisa. Não temos mais um distanciamento da iniciativa privada".



Pacaembu recebeu um ótimo público para o 2º Fla-Flu da história em São Paulo





FUTURO DO PACAEMBU



O futuro do Pacaembu também continua em discussão. Está na pauta da Secretária Municipal de Esportes a convocação de duas audiências públicas para definir o processo de concessão do estádio, que ainda não tem uma definição.



Atualmente existem dois projetos no páreo. Um deles é da Fundação Casa Azul e o outro é de um consórcio formado pelas empresas Fernandes Arquitetos, SBP do Brasil e Projetos-Empresa Brasileira de Engenharia de Infraestrutura. Ambos são avaliados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico).



"Basicamente o órgão analisa a questão de tombamento do equipemento e se as propostas feitas atentem as questões de segurança, acessibilidade e outras condições. Depois que recebermos o laudo do Condephaat vamos para um processo de chamamento público para discutir com a população as propostas", disse Messina.



As audiências serão convocadas via "Diário Oficial". A ideia da Secretária é realizar uma delas no Pacaembu e a outra na Câmara Municipal de São Paulo.



O estádio do Pacaembu





Além do projeto de modernização do estádio, será discutido um plano de negócio para administração do local. Quem assumir cuidará do Pacaembu pelas próximas duas décadas.







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