10/6/2016 09:09

Líder da categoria de base, zagueiro Augusto aguarda "tranquilo" por oportunidade de Cuca

Defensor foi um dos destaques do Palmeiras na Copa São Paulo deste ano e é capitão do sub-20. Atleta é um dos jovens talentos que treinam com o profissional e tenta se espelhar em antigos companheiros

Zagueiro Augusto é o capitão do sub-20 do Palmeiras e alterna treinos com o elenco profissional (Cesar Greco / Fotoarena)



Atualmente no elenco sub-20 do Palmeiras, o zagueiro Augusto vive bom momento na carreira. Líder e capitão da base, o defensor é um dos únicos jovens que treinam com o elenco profissional, e que tem a oportunidade de transmitir sua experiência para os demais. Com as saídas de Leandro Almeida e Nathan, além da indefinição com Fernando Tobio, o atleta pode aproveitar para conquistar sua vaga no time de Cuca.



Em entrevista ao FOXSports.com.br, o jogador comentou como pode se espelhar em Matheus Sales e Gabriel Jesus, que também atuaram nas categorias de base alviverde, e que hoje se tornaram peças cruciais da equipe. “Quando cheguei aqui me passaram muita confiança, porque eles também já passaram por tudo que estou passando nesse momento”, disse.



“O Sales, como eu sempre falei, é meu capitão até hoje. Converso sempre com ele para pegar sua experiência, principalmente por ser mais velho que eu. O Gabriel é um amigo meu desde pequeno. Quando cheguei no Palmeiras conversava com ele, sei um pouco da história dele. O levava para casa, e foi se tornando um amigo, um irmão”, seguiu o jogador.



Augusto também comentou a respeito de sua chega ao seu atual clube. “Quando cheguei aqui foi muita alegria, porque ele foi o primeiro a chegar para mim e dizer: ‘Agora que você está aqui, eu que vou te aconselhar’. E eu apenas respondia: ‘Não, pode deixar. Vou seguir tudo, você está aqui a pouco tempo e já é um dos ídolos, vou te acompanhar sempre’”, brincou o zagueiro. “Os dois sempre me deixaram tranquilos para que eu alcançasse meu futebol, porque eles me falaram que só conseguiram assim, com tranquilidade e paciência”, prosseguiu.



Apesar do momento inconstante de Edu Dracena, Augusto considera tanto ele quanto Zé Roberto dois grandes ídolos, pois conseguiu aprender dentro e fora de campo. “De todo o grupo são os mais experientes. Quando cheguei, [Dracena] estava na academia, trabalhando forte, do começo ao fim. Um cara da idade dele, que já ganhou tudo, estar ali mostrando que quer mais, é incrível”, continuou o zagueiro.

Augusto aguarda oportunidade de Cuca na equipe (Cesar Greco / Fotoarena)



“Sempre brinco com meu pai em relação ao Zé Roberto: ‘É pai, hoje a gente vai ter que chegar primeiro que o Zé’. Eu chego no profissional e ele já está trocado, fez todo o trabalho dele e é um dos primeiros a chegar. Para eu ficar no nível deles, preciso fazer o dobro do que fazem, até porque sou moleque. Os caras com a idade que têm, trabalhando desse jeito, sempre os vejo como meus espelhos”, comentou o jogador de 19 anos.



O Palmeiras pode recorrer a sua categoria de base para solucionar as baixas recentes na zaga. Sem medo de ser testado no time principal, Augusto se diz preparado para o desafio: “Eu vou trabalhando, mostrando meu futebol cada dia mais, o que vier para mim estou pronto. Tenho meu momento, espero o tempo certo, nunca tento atravessar uma coisa”.



Aproveitando-se da experiência de poder treinar com o profissional, o atleta tem bom relacionamento com Cuca, que sempre tenta o orientar da melhor maneira possível, a fim de trabalhar a jovem promessa palmeirense. “Ele é bem tranquilo, transparente, fala o que tenho que melhorar. Quando cheguei disse que tenho que ter tranquilidade para não ficar com medo de jogar e mostrar o futebol que tenho, que não era para mudar esse jeito e estilo. Por eu ser mais novo e não jogar tanto, sempre conversa comigo, busca ser o paizão”, revelou.



No começo de junho, o elenco sub-17 do Verdão disputou a final do Mundial de Clubes da categoria contra o Real Madrid, perdendo a disputa nas penalidades máximas. Entretanto, Augusto se mostrou feliz com o desempenho de seus companheiros, principalmente pelo modo como jogaram e como se comportaram em campo em um torneio deste nível.



“Acho que foi bem bacana porque mostra que nossa base é bem forte. Jogaram bem, fizeram uma boa campanha, caíram nos pênaltis, mas nada vai apagar o que fizeram lá. Tenho muitos amigos no sub-17 e falei ‘está todo mundo vendo, então joguem tranquilos, a equipe profissional está apoiando vocês’. Fiquei feliz mesmo com a derrota, porque sei que mostraram o melhor deles”, concluiu o defensor.

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4923 visitas - Fonte: Fox Sports

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