Ricardo Gareca chegou ao Brasil para acertar com o Palmeiras, independentemente da opinião de sua família quanto a viver no exterior. A esposa do argentino teme a violência em São Paulo que vê nas televisões, mas o técnico está disposto a encarar o desafio de trabalhar no futebol pentacampeão, mesmo sem saber demais sobre o time que deve assumir.
“O Palmeiras é um grande, não dá para negar isso”, afirmou, desconversando quando foi questionado a respeito de detalhes da equipe. “Conheço o suficiente e terei tempo para conhecer mais. Mais do que isso, não posso me expressar.”
O treinador está desempregado desde o fim do ano passado, quando deixou o Vélez Sarsfield após conquistar três títulos no processo de reconstrução até financeira do clube. Sua missão será similar caso assine o contrato de dois anos que será apresentado para ele nas próximas horas, quando encontrar a diretoria do Verdão.
Não será o temor da esposa que o fará recusar a oferta palmeirense, que empolgou até seus filhos. “Minha família não tem nada a ver, me apoia em qualquer decisão. Não é um problema”, assegurou, que não aceitou ainda o convite do Racing por estar animado com a possibilidade real de trabalhar no Brasil.
“Claro que gosto do futebol brasileiro, é um futebol muito importante, competitivo. Seria muito bom para mim trabalhar aqui”, afirmou, antes de entrar na van preparada pelo Palmeiras para levá-lo para conhecer as estruturas do clube e falar com dirigentes.
Como jogador, Gareca atuou pelos principais clubes da Argentina e também pela seleção nacional – marcou o gol da classificação para a Copa do Mundo de 1986, mas não participou da campanha do bicampeonato mundial.
Como técnico, além do Vélez, trabalhou no Talleres, onde conquistou a Copa Conmebol em 1999 e a Série B argentina em 1997 e 1998, Independiente, Colón, Quilmes e Argentinos Juniors, todos da Argentina, América de Cali e Santa Fé, da Colômbia, e Universitario, onde foi campeão peruano em 2008.
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