Moisés vê Palmeiras no caminho do título, fala em clássico que vale mais do que três pontos, agradece ao pai, reclama do Caso Héverton...

12/6/2016 11:00

Moisés vê Palmeiras no caminho do título, fala em clássico que vale mais do que três pontos, agradece ao pai, reclama do Caso Héverton...

Moisés vê Palmeiras no caminho do título, fala em clássico que vale mais do que três pontos, agradece ao pai, reclama do Caso Héverton...

Meia deve ser titular pela terceira vez seguida diante do Corinthians, neste domingo



Moisés é um dos jogadores do elenco de Cuca há menos tempo no Palmeiras. Mas os seis meses de casa já foram suficientes para entender o peso do clássico deste domingo, contra o Corinthians, no Allianz Parque. Contratado do Rijeka, da Croácia, por R$ 4,2 milhões, o meia de 28 anos está empolgado com a chance de derrotar o rival e se aproximar da liderança do Brasileirão.



Nesta entrevista exclusiva ao Blog, concedida na última quinta-feira, o mineiro de Belo Horizonte explicou por quê vê o Verdão em condições de cumprir a promessa de seu treinador e ser campeão nacional. Bem articulado, o palmeirense contou que foi contratado por Alexandre Mattos, lembrou-se de quase ter trabalhado com Cuca e reconheceu que sentiu um baque com a contusão logo em sua estreia oficial.



Moisés ainda relembrou sua passagem de dois anos pela Croácia, levantou suspeitas sobre forças superiores no Caso Héverton, destacou a importância do pai no início da carreira e citou apuros enfrentados.



BLOG_ Como surgiu a chance de você jogar no Palmeiras?

MOISÉS_
O Alexandre Mattos, que me conhecia dos tempos de América-MG, telefonou em novembro para perguntar se eu estava pronto para ser campeão. Eu não pensava em voltar ao Brasil, mas, aí, apareceu um gigante chamado Palmeiras e tudo mudou. É o sonho de qualquer atleta defender um grande do país, com chance de ser campeão.



Você só conseguiu estrear na quarta rodada do Paulistão. Por que a demora?

Porque o Palmeiras tinha de pagar um boleto que demorou a chegar. Depois, o pagamento caiu na semana de Carnaval e atrasou tudo.



Após jogar bem nos amistosos, você se machucou logo no primeiro jogo do Paulistão. Teve medo de não atuar mais?

Foi um baita susto, porque me disseram que eu levaria quatro meses para me recuperar. E rompi o ligamento do pé esquerdo em um lance bobo. Fiquei com medo, claro, porque tinha acabado de chegar, estava me sentindo bem e sabia da concorrência na posição. Mas todo mundo deu apoio. O Cuca chegou a me chamar para falar que contava comigo. E, em dois meses e 20 dias, eu estava recuperado. Nem o especialista que me operou acreditou na velocidade com que voltei.



Ainda sente alguma coisa?

Sim. O médico falou que será assim por seis meses. Dá um choque cada vez que chuto com o pé esquerdo. Tenho tomado remédio para diminuir a dor, mas é normal, pois quatro botões, como os de uma camisa, foram usados para amarrar os ligamentos do meu pé.



Hoje, contra o Corinthians, você deve sair jogando pela terceira vez consecutiva. Já se sente titular?

Não, mas me sinto importante. Aprendi na Europa que, independentemente de ser titular, você precisa ser útil e jogar da mesma maneira no tempo em que atuar. O Palmeiras também está bem, então, é um momento mais fácil de entrar.



Qual a importância do clássico contra o Corinthians?

Por ser um clássico, já é diferente. Como tem a briga pela liderança, fica ainda mais. Dá para dizer que esse clássico vale muito mais do que três pontos, por tudo o que representa para o torcedor e o clube. Vamos nos concentrar bastante.



Qual a melhor lembrança de um jogo contra o Corinthians?

Em 2013, teve um especial: a Portuguesa fez 4 a 0 no Corinthians, lá no Mato Grosso. Eu não marquei, mas dei assistência para o Gilberto. O Corinthians tinha um time muito bom, era dono da melhor defesa do campeonato…



O que sonha em conseguir no Palmeiras?

Tenho algumas metas traçadas desde que vim para cá e quero fazer história. Só penso nisso. E, para fazer história, preciso ganhar títulos. Não adianta nada fazer grandes jogos e não ser campeão, senão, você não fica marcado.



O Palmeiras está pronto para ser campeão?

Elenco e qualidade para sermos campeões, nós temos. Agora, é pôr em prática. O Cuca falou em título e vamos buscar. E o legal é que o Palmeiras tem humildade para saber que precisa melhorar. Já conseguimos a vitória fora de casa, contra o Flamengo, e nos impusemos. Com os jogadores se conhecendo mais, a tendência é melhorar.



Muitos jogadores têm fases baladeiras. Passou por isso?

A família do meu pai (Ricardo) sempre foi evangélica e eu ia desde pequeno à igreja. A partir dos 16 anos, tomei o mesmo rumo. Não sou de balada, também não bebo. Pelo contrário, gosto de curtir com a família. Meu pai, inclusive, é pastor.



Você já pregou?

Já dei uma mensagem em dois ou três cultos. Também costumo ajudar meu pai, que faz visitas a pessoas em presídios e mantém uma casa de recuperação que ajuda drogados. Quando posso, passo lá e ajudo com cestas básicas.



Ele dá muito palpite sobre suas atuações?

Sempre. E corneta mesmo! Depois que eu jogo, ligo para perguntar o que fiz de errado. Meu pai curte demais a vida de jogador dos filhos, porque era o que queria para ele. Lá na casa dele em Belo Horizonte, tem um monte de camisa minha e do meu irmão em quadros.



Por que decidiu virar jogador?

Meu pai tentou ser jogador e atuou no Botafogo-SP, mas teve uma lesão no ligamento do joelho e decidiu largar. Então, passou a jogar na várzea e eu sempre o acompanhava. Aí, fui tomando gosto.



E ele era bom?

Meu pai tinha muito moral, tanto que conseguiu mobiliar toda a nossa casa com o dinheiro que ganhou na várzea. Ele jogava na minha posição e se destacava em uma época com vários jogadores bons.



É verdade que você não podia torcer para time algum durante sua infância?

Nem eu nem meu irmão, que também virou jogador (Matheus é goleiro do Braga-POR e chegou a jogar a Liga Europa nesta temporada). Meu pai levava a gente nos jogos de Cruzeiro, Atlético-MG e América-MG e dizia para prestarmos atenção no jogo porque um dia poderíamos estar alí e precisaríamos ser profissionais.



E ele torcia para quem?

Tenho uma suspeita, mas até hoje ele nunca falou para qual time torce. De qualquer forma, a gente viu muito jogo legal. Eu prestava atenção no Ricardinho, do Cruzeiro, no Gilberto Silva, do Atlético-MG…



Como era a condição financeira de vocês?

Meus pais sempre deram todo o apoio para virarmos jogadores, mas não havia luxo. Ele era policial civil e ela, vendedora. Ganhávamos chuteira, mesmo com a condição apertada, e os dois iam a todos os nossos jogos. Quando saí de casa para jogar, me virava com a ajuda de custo que os clubes pagavam.



Antes de aparecer no América-MG, você passou pela base do Cruzeiro. Como chegou lá?

Estava vendo meu pai jogar e fui brincar com a bola durante o intervalo. Aí, um empresário perguntou quantos anos eu tinha. Respondi que tinha 10 e ele prometeu me arranjar um teste. Passei e fiquei dois anos lá no Cruzeiro. Acabei dispensado pouco antes de um torneio em Alegrete. Foi triste demais e reconheço que cheguei até a chorar.



Já teve outras decepções por causa do futebol?

Com uns 16 anos, também fui mandado embora do América. Depois, com 17, tinha acertado contrato com o Toledo quando meu empresário disse que me levaria para o Japão. Estou esperando até hoje a passagem para viajar. Para piorar, acabou que o Toledo não me quis mais.



E aí?

Acabei indo jogar no Boa Esperança, time da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. A estrutura era horrível e ainda quebrei o braço em um amistoso. Decidi voltar para casa e me recuperei por conta própria.



Pensou em desistir de jogar?

Nem deu tempo, porque um rapaz com quem eu tinha trabalhado me ligou para falar que estava no América e que existiria um teste. Ainda faltavam uns sete dias para eu tirar o gesso. Arranquei e fiz o teste. Mesmo meio gordinho, passei e assinei contrato de três anos com salário de R$ 800.



Você fez um ótimo Campeonato Mineiro em 2011. Por que acabou sendo emprestado para o Boa Esporte logo depois?

Tive um desentendimento com o Mauro Fernandes. Ele chegou ao América me elogiando, dizendo que eu era o novo Zidane, no estilo de jogo, e tal. Aí, um tempo depois, um empresário me ligou falando que queria assinar comigo. Eu disse que já tinha empresário. Ele argumentou que trabalhava com fulano, sicrano e com o Mauro. A partir dali, comecei a não jogar mais. Até que pedi para ser emprestado e saí.



Você jogou na Portuguesa de 2012 a 2013. Como vê a situação do clube, hoje na Série C do Brasileiro?

Eu fico muito triste, porque amei ter jogado lá. Outro dia, fiz uma visita ao pessoal e a situação está complicada. Tenho certeza de que esse mau momento tem a ver com a queda no Brasileirão de 2013, da maneira como foi (a Lusa perdeu quatro pontos no tapetão por usar Héverton na última rodada, de maneira irregular).



Por que você acha que o Héverton foi escalado?

Para mim, tem alguma coisa errada. A única certeza que tenho é de que o Guto Ferreira (então técnico) e os jogadores não sabiam. Inclusive o Héverton. Agora, por que avisaram da punição do Gilberto, que estava suspenso, e do Héverton, não? Não dá para entender.



Imagina que essa verdade virá à tona um dia?

Espero que sim, mas não tenho muita esperança. A gente fez um baita campeonato para manter a Portuguesa na Série A e seria muito importante para o clube continuar na elite pelo terceiro ano seguido. Aumentaria a cota de TV, apareceriam patrocínios melhores…



Entre a Portuguesa e o Palmeiras, você jogou na Croácia. Como foi parar lá?

Cheguei a ter uma proposta do Atlético-MG, que era dirigido pelo Cuca, um pouco antes. Também apareceu uma possibilidade de jogar no Toronto FC com o Gilberto (ex-atacante da Lusa), mas o Hellas Verona se acertou com a Portuguesa e me repassou para o Rijeka, clube na Croácia com o qual tinha uma parceria.



Como foi a adaptação ao futebol croata?

Eu me adaptei rápido, porque o esquema de jogo era parecido ao do Guto na Portuguesa. Logo no primeiro treino, sofri uma pancada, o técnico não marcou nada e o jogo seguiu normal. Aí, percebi que precisaria entrar mais forte. E deu certo, porque fomos campeões da Copa, joguei a Liga Europa… Quase nos classificamos para o mata-mata no mesmo grupo do Sevilla, que foi campeão.



E a vida em Rijeka?

Foi muito legal. Eu e minha esposa ganhamos a Ana Luiza lá (primeira filha do casal) e adoramos tudo. A estrutura, a cidade, o clube… Dizem que o europeu não é acolhedor, mas eu me senti muito bem na Croácia. Tanto que, quando falei da hipótese de voltar (ao Brasil), minha mulher ficou se perguntando se valeria a pena.



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6963 visitas - Fonte: Blog do Jorge Nicola

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vai da palmeiras hoje viu

Grande jogador merece jogar no nosso gigante Palmeiras. ..

chalon chalon chalon

joga muito quem tá com Moisés ta com Deus amém

moises ta merecendo fazer um gol ta jogando com muita raça

e nois palmeiras

grupos do palmeiras que quiser entra chama 4497605176

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