Ao chegar ao Brasil com a expectativa de já assinar contrato de dois anos com o Palmeiras, Ricardo Gareca disse conhecer o “suficiente” do Palmeiras. Com certeza, não se importou com cores rivais. O técnico desembarcou no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, vestindo trajes pretos e brancos, incluindo um lenço no pescoço.
Durante todo o trajeto até uma van preparada pelo clube para recebê-lo, o treinador de 56 esboçou tranquilidade. Até pediu calma ao segurança do Verdão que tentou apressá-lo e ignorou os pedidos para encurtar a entrevista que concedeu, respondendo até a última pergunta.
Até esboçou que tiraria os óculos escuros, mas, diante de tantos microfones, celulares, gravadores e câmeras, preferiu agilizar a conversa com os jornalistas, que durou cerca de cinco minutos e na qual ele mostrou que entende português. De todas as perguntas que ouviu, só pediu para uma ser repetida e a entendeu mesmo com ela dita, novamente, na língua oficial do Brasil.
Ao ser abordado com questionamentos, já iniciou sua entrevista cumprimentando a imprensa. “Como estão? Eu estou muito bem, muito bem. Muito obrigado por me receberem. Peço desculpas por não ter podido responder a quantidade de mensagens que vocês me mandaram”, declarou.
Após atender aos jornalistas, caminhou sem se apressar ao lado de assessores seus e funcionários do Palmeiras. Chegou a ouvir no saguão uma pessoa gritar “Vai, Corinthians” e não se incomodou, mantendo total tranquilidade até entrar no veículo que o levaria para almoçar e, depois, conhecer as estruturas do clube e conversar com os dirigentes.
Se não ocorrer nenhum imprevisto, Gareca assinará contrato de dois anos. Ele estava nos planos do Racing, mas o clube argentino não tem condições financeiras de equiparar o salário de R$ 200 mil que o Palmeiras está disposto a pagar, quantia fixa que já era desembolsada mensalmente para Gilson Kleina. O clube brasileiro ainda oferece alta premiação se as metas forem cumpridas.
Como jogador, Gareca atuou pelos principais clubes da Argentina e também pela seleção nacional – marcou o gol da classificação para a Copa do Mundo de 1986, mas não participou da campanha do bicampeonato mundial. Como técnico, vem de trabalho de sucesso no Vélez Sarsfield, onde conquistou três títulos participando do processo de ressurgimento financeiro do clube, parecido com o desafio que terá no Palmeiras.
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