Zé Roberto confirma aposentadoria com legado para jovens palmeirenses

O veterano Zé Roberto reafirmou a aposentadoria ao final de 2016 (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras)



O veterano Zé Roberto reafirmou em entrevista coletiva na última segunda-feira sua aposentadoria ao final de seu contrato com o Palmeiras, que vai até dezembro de 2016. O atleta de 42 anos dedicou 22 deles à profissão de jogador de futebol e, por isso, a partir de 2017 dará preferência a estar mais tempo junto à sua família.



No início do ano, Zé Roberto afirmou que sonhava em encerrar a carreira com o título da Copa Libertadores da América, competição da qual o Verdão foi eliminado ainda na fase de grupos e que não consta na galeria de conquistas do jogador. Questionado se poderia seguir no futebol em 2017, o camisa 11 palmeirense refutou tal possibilidade.



“Eu tenho isso assim bem definido. No mês que vem, completo 42 anos. Sou o último dos moicanos da minha geração (risos), todo mundo parou, mas eu continuei porque cuido da minha carreira, porque desde jovem eu sei que meu corpo é meu instrumento de trabalho. Eu acabei tomando essa decisão porque a partir do ano que vem eu terei outra prioridade, que é minha família. Tenho um filho de 16 anos, que nasceu na Alemanha, e praticamente eu não o vi crescer, porque sempre estive envolvido nas minha profissão, estive muito tempo ausente, minha esposa foi o pai dele, isso foi uma das coisas que fizeram eu decidir parar no fim do ano”, explicou o lateral esquerdo do Alviverde.



“Vou viajar um tempo com a minha família e depois vou pensar no que eu vou fazer, 22 anos de carreira não é fácil”, acrescentou Zé Roberto, confirmando que deixará um legado importante para os jogadores mais jovens do elenco palestrino.



“Com certeza eu vou deixar. Pela história, caráter, profissionalismo. Para mim, são as coisas mais importantes, porque um dia o dinheiro e a fama acabam, mas o legado pode ir de geração pra geração, sou muito feliz hoje de estar no Palmeiras e ver o crescimento de jogadores como o Gabriel Jesus, Nathan, João Pedro, Vitinho, que tem futuros brilhantes”, contou o atleta, que fez sua estreia como profissional em 1994, pela Portuguesa.



“Em todos os momentos procuram perguntar alguma coisa que possuem dúvida. E a gente vem fazendo esse papel no clube, é muito importante porque na minha época eu me espelhava em jogadores e tirava dúvidas com eles. Serviu muito para mim porque botei em prática o que me falavam, e isso me ajudou na carreira”, concluiu.