Uma armadilha histórica para o Palmeiras desarmar

E os meninos acharam que estava frio em São Paulo...



Frio: a previsão para as 22h desta quarta-feira em Curitiba é de 10 graus, com tendência de queda. Umidade relativa do ar de 88%, com tendência de alta, ou seja, se não chover, ao menos vai garoar - no mínimo uma neblina. É nesse cenário inóspito que o Palmeiras vai enfrentar o Coritiba em busca da quarta vitória seguida no Brasileirão, de uma possível liderança e da consolidação definitiva como candidato ao título.



Uma vitória nesse jogo será extremamente simbólica. Estamos carecas de ver o Palmeiras refugar quando se espera uma grande atuação - a eterna gangorra de empolgação e desempolgação que nos marca nos últimos 16 anos. Para completar, não é um lugar em que costumamos vencer sempre, muito pelo contrário.



É verdade que o Couto Pereira foi palco de uma das grandes alegrias do Palmeiras nos últimos anos, a Copa do Brasil de 2012. Foi uma grande festa e uma vingança à altura do vexame do 6 a 0 que passamos no ano anterior - mas não ganhamos. O Palmeiras não derrota o Coxa fora de casa pelo Brasileirão desde 1989, quando vencemos por 3 a 1 e Bandeira marcou um golaço - Paulinho Carioca e Gaúcho fizeram os outros, atestam os amigos Fernando Galuppo e Fábio Tatu, da Porcopedia. Em 1997, nossa última vitória no Alto da Glória, 1 a 0, com gol de Marquinhos, pela Copa do Brasil.



De lá para cá, foram 13 jogos, com oito vitórias deles e cinco empates. Tomamos gol até do matador Evair, nos 4 a 1 de 2001; apanhamos de 2 a 0 na estreia em 2008, todos carecas e de ressaca pelo Paulistão conquistado no domingo anterior; e levamos 2 a 1 no ano passado, em mais uma daquelas atuações ridículas sob Marcelo Oliveira em agosto, logo após a lesão de Gabriel Beckenbauer Iniesta. Como naquele dia, o Coxa vai para o jogo com a zona de rebaixamento nas canelas e nós sonhamos alto.



Como história não entra em campo, vamos manter o otimismo e torcer para que, na terra natal de Cuca, o Palmeiras seja o Palmeiras que esperamos e emende mais uma vitória. De preferência com o espírito daquele 11 de julho de 2012 e com um golaço como o do Bandeira.