Palmeiras tenta se credenciar ao título, mas ainda vacila (Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras)
Pelo histórico, e a depender do resultado do Inter contra o Atlético-MG, não foi uma tragédia de proporções homéricas. Mas o contexto da partida transformou o empate em 2 a 2 contra o Coritiba, no Couto Pereira, no revés mais doído até agora para os palmeirenses em um campeonato que promete aliviar em nada a vida de quem cochila (mais doído até, arrisco dizer, que as derrotas para Ponte Preta e São Paulo, em que o desempenho do time permitia no máximo cotejar um empate).
Dessa vez não. A torcida já contava os três pontos, multiplicados por três com os dois jogos seguintes em casa contra adversários supostamente mais frágeis, e o fim de um tabu que vinha de 1989, quando o Palmeiras venceu o Coxa em seu estádio pela última vez em um Campeonato Brasileiro. Naquele estádio tomou um sonoro 6 a 0 na Copa do Brasil de 2011 e precisou suar sangue para arrancar o empate em 1 a 1 que deu o título da mesma competição no ano seguinte.
O torcedor já respirava aliviado por ver o cronômetro perto dos 45 e o time mais perto do terceiro gol do que de tomar o empate. Até que os torcedores resolveram acender sinalizadores na arquibancada e, pela regra, obrigaram o árbitro a paralisar a partida e determinar seis (SEIS) minutos de acréscimo.
A mitologia de resultados inacreditáveis da equipe, para o bem ou para o mal, ganhava um novo capítulo com um balaço do Leandro ‘Calopsita’, refugo do clube, no canto de Fernando Prass, que no primeiro tempo já havia operado dois milagres.
Sim: a parada foi determinante. Deu tempo para os donos da casa se animarem e se organizarem no momento em que o Palmeiras tinha a favor o tempo e a impaciência da torcida anfitriã, que vaiava cada passe errado de dois metros da sua equipe (foram muitos).
Até que a ansiedade mudou de lado e deixou claro ao técnico Cuca qual a sua grande missão (como a dos antecessores) no clube: impedir que a ansiedade da torcida, que não vê um time levar um Brasileiro dede 1994, contamine seus jogadores.
Porque é essa capacidade de manter o jogo sob controle quando tudo conspira a favor que transforma uma equipe competitiva em candidata ao título. Para isso, a torcida precisa ajudar – e até aqui já colocou cinco pontos em risco por acender sinalizadores e obrigar o time a jogar com portões fechados como punição à confusão em Brasília contra o Flamengo.
Apontado como favorito, Palmeiras tenta se credenciar ao título, mas ainda vacila. O gol de empate no lance final estava desenhado desde o jogo contra o Grêmio. Contra o Corinthians a bola até entrou, mas o gol foi corretamente anulado pelo árbitro – poderia não ter sido.
O Palmeiras tem cinco vitórias e um empate (fora) em oito jogos. O empate, olhado de longe, passa longe de ser uma catástrofe. Como no ano passado, contra o Sport, em Recife, o empate por 2 a 2 não seria jamais considerado um resultado ruim antes da partida. Pelo contexto, tornou-se um castigo – e só os deuses sabem se ao final da história o time conquistou um ponto fora ou perdeu dois. Até aqui, com a exceção da estreia contra o Atlético-PR, todas as vitórias foram pelo placar mínimo e com o jogo aberto até os minutos finais.
Contra o Coritiba, o time começou a correr risco quando trocou Róger Guedes por Edu Dracena. E abusou na displicência e na desatenção, com erros bobos de passes e impedimentos evitáveis, quando poderia ter ampliado o placar e terminado o jogo como precisava: sem sufoco, mas com tranquilidade. Faltou quem segurasse a bola no campo de ataque, como fez o antes renegado Luan contra o Flamengo. E faltou precisão na conclusão, algo que pode ser minimizado se Lucas Barrios, contratado para ser o goleador da equipe, atuasse com mais frequência.
Sim: a torcida tem parte nesse resultado amargo. O árbitro, novamente, idem: na origem do lance, dois jogadores do Coritiba estavam impedidos – e muito. Foi um revival do clássico contra o Corinthians, mas com final diferente.
A lição que fica para os próximos jogos, portanto, é: quando tiver chance de matar a partida, MATE. Com o equilíbrio dos jogos e o nível da arbitragem, a sorte de campeão pode mudar de lado entre uma rodada e outra.
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edson, Olha cara, eu fico put com esse tipo de coisa que acontece.
O palmeiras já esqueceu do ano em que colaborou com o flamengo, a poucas rodadas do fim o palmeiras deu esse tipo de vacilo e perdeu o campeonato.
Não pode d sorte pro azar, cada jogo e uma final se não por isso n cabeça e colocar em campo não vai adiantar d nada essas contratação.
todo jogo tem roubalheira contra o Palmeiras . Paulo nobre , vai ficar assistindo essa palhaçada? Faça alguma coisa