Lewandoski hoje é o capitão da Polônia na Eurocopa
Se hoje Robert Lewandowski é uma das principais estrelas da Eurocopa e titular absoluto do Bayern de Munique, além de último artilheiro da Bundesliga, com 30 gols, num passado recente as coisas eram bem diferentes para o centroavante de 27 anos.
Em sua primeira temporadas no Borussia Dortmund (2010/11), logo depois de ser contratado do Lech Poznan, ele passou um bom tempo "esquentando o banco" de um jogador conhecido dos palmeirenses.
Trata-se do atacante Lucas Barrios, hoje atleta alviverde, mas que jogou no Dortmund entre 2009 e 2012, tendo sido contratado após grande passagem pelo Colo Colo, do Chile.
Na Alemanha, ele foi durante muito tempo o titular absoluto do técnico Jurgen Klopp, contribuindo com gols e assistências e sendo decisivo para o BVB conquistar a liga nacional em 2010/11.
Enquanto Barrios estava "voando", Lewandowski era uma mera opção do banco, entrando às vezes no segundo tempo ou jogando as partidas menos importantes.
Tudo mudou no início da temporada 2011/12, quando Barrios sofreu uma lesão muscular e Lewandowski acabou ganhando a chance de mostrar seu trabalho como titular. Poucas vezes um reserva aproveitou tão bem essa oportunidade.
Em seu primeiro jogo pós-lesão do hoje palmeirense, o matador guardou dois gols contra o SV Sandhausen, pela Copa da Alemanha. Depois, marcou contra o Nuremberg, pelo Alemão. Na partida seguinte, também pela Bundesliga, um hat trick e uma assistência contra o Augsburg. Mais dois contra o Colônia, mais dois contra o Freiburg e mais, e mais, e... prêmio de melhor jogador polonês do ano!
Daí para frente, ele ficou impossível, como lembra o zagueiro Felipe Santana, seu colega de equipe durante quase quatro anos no Borussia.
"Ele só foi ter sequência depois da lesão do Lucas. O grupo era muito bom e se ajudava demais. Como tinha muitos jogadores bons, se você saísse do time, era difícil voltar para os titulares. Depois dessa série, não teve jeito: o Robert tomou conta da posição e o Lucas nunca mais voltou", lembrou o atleta revelado pelo Figueirense, atualmente sem clube após passagem pelo Kuban Krasnodar, da Rússia.
Depois do sucesso, foi Barrios quem virou banco de Lewandowski no Dortmund
Santana recorda, inclusive, que Jurgen Klopp tentou escalar Lewandowski e Barrios juntos em algumas partidas, já que via talento no polonês. No entanto, Robert era "sacrificado" e tinha que jogar como o armador da equipe.
"Teve uma vez que o Kagawa lesionou e o Lewandowski virou o 10 da nossa equipe, pois jogávamos no 4-2-3-1. E vou te falar que ele não sentia dificuldade e fazia bonito, porque protegia muito bem a bola e distribuía ótimos passes", conta.
Lewandowski acabaria aquela temporada como terceiro maior anotador da Bundesliga, com 22 gols, além de seis assistências - desempenho decisivo para dar o bi do Alemão ao Dortmund, deixando mais uma vez os principais rivais comendo poeira.
Na última partida antes das férias, teve sua melhor atuação, destruindo o Bayern com três gols na goleada por 5 a 2 na final da Copa da Alemanha, competição da qual foi artilheiro, com sete tentos em seis jogos.
Lewa comemora o quarto gol em cima do Real
Nos anos seguintes, ele manteve a excelente forma, batendo recorde atrás de recorde. Em 2013, quebrou a marca de maior número de jogos seguidos fazendo gols no Borussia, ultrapassando as 12 partidas consecutivas de Friedhelm Konietzka em 1964/65.
Já Na Uefa Champions League, entrou para o Guinness Book como primeiro atleta a marcar quatro gols em uma semifinal, no dia em que demoliu o poderoso Real Madrid por 4 a 1.
"O Lewa estourou para o mundo naquela semifinal, fazendo quatro gols no Real. Ele foi ficando cada vez melhor, e hoje todos o conhecem. Vem de uma super temporada no Bayern, jogando demais. Virou o capitão da Polônia, tirando a braçadeira que era do Kuba. Hoje, para mim, é o melhor centroavante do mundo", opina Felipe Santana.
Ao todo, Lewandowski ganhou quatro títulos pelo BVB antes de trocar a equipe de maneira polêmica pelo rival Bayern, na temporada 2014/15.
Em Munique, manteve sua excelente forma, ganhando mais duas Bundesligas e outra Copa da Alemanha, sempre com tentos decisivos e atuações impressionantes, como o dia em que entrou no segundo tempo e fez cinco gols em apenas 10 minutos.
Pela seleção polonesa, também tornou-se cada vez mais decisivo. Na campanha classificatória para a Euro, fez tudo praticamente sozinho, levando sua seleção ao torneio com 13 gols - artilheiro das eliminatórias da Uefa.
Barrios, por sua vez, acabou deixando o Borussia Dortmund em 2012, indo para o Guangzhou Evergrande, da China. Depois, passou ainda por Spartak Moscou, da Rússia, e Montpellier, da França, antes de chegar ao Palmeiras, em 2015.
Barrios comemora gol pelo Palmeiras contra o Fluminense, no ano passado
No Palestra Itália, o jogador da seleção paraguaia, de 31 anos, alternou grandes atuações com períodos longos no departamento médico, e até agora não se firmou.
Na atual Eurocopa, aliás, Lewandowski ainda não marcou, tendo passado em branco nos três jogos da fase de grupos. Sua próxima chance será neste sábado, às 10h (horário de Brasília), contra a Suíça, no estádio Geoffroy-Guichard, em Saint-Étienne.
14220 visitas - Fonte: ESPN
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