Nobre se defende após ausência e pede fim de “bandidos” no estádio

Audiência pública discutiu o tema torcida única, mas clubes não marcaram presença (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)



O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, foi bastante criticado durante a audiência que discutia a efetividade da torcida única nos clássicos paulistas. Um dia depois, o mandatário palmeirense rebateu as críticas do deputado Luiz Fernando (PT-SP), minimizou a importância do evento e assegurou não ter falado com qualquer um dos outros presidentes de clubes grandes para “desarticular” a ocasião, como disse o parlamentar.



“Acredito ser mais inteligente discutirmos primeiro meios de retirar bandidos e baderneiros dos estádios do que se antecipar e discutir a questão da torcida única. Por esse motivo eu avisei que não compareceria. Em nenhum momento fiz qualquer movimento para desarticular a ida de outros presidentes. Talvez os ausentes não tenham visto relevância no convite ou em quem os convidou”, disse Nobre, em posicionamento fornecido à Gazeta Esportiva.



De acordo com alguns presentes, Nobre foi uma das ausências mais sentidas por ser um dos poucos defensores da torcida única que representa os clubes. O corintiano Roberto de Andrade já fez discursos veementes contra a medida, imposta pela Secretaria de Segurança Pública após brigas entre corintianos e palmeirenses antes do clássico pela 14ª rodada do Campeonato Paulista, em abril.



Carlos Augusto de Barros e Silva, do São Paulo, e Modesto Roma Júnior, do Santos, também se mostraram contrários à decisão em entrevistas concedidas no clássico disputado no domingo, no estádio do Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro.



“Acho muito grave a ausência dos presidentes dos grandes clubes aqui nessa discussão, principalmente do presidente Paulo Nobre, que tem um parecer favorável à torcida única”, comentou Luiz Fernando, antes de suscitar a possibilidade da ausência dos outros representantes ter sido causada pelo mandatário palmeirense.



“Os quatro presidentes haviam confirmado presença, reconheceram a importância dessa audiência. Ontem (terça), surgiu um problema com o do Santos, que mandaria um representante. Hoje (quarta), de repente, todos tiveram problemas. O Paulo (Nobre) me ligou, disse que não vinha e falou que ia tentar desarticular os outros. É, parece que ele desarticulou mesmo”, concluiu Luiz Fernando, em discurso que abria a segunda mesa de conversas da noite, no auditório Franco Motoro.