Para promotor, entorno do Allianz Parque é 'terra de ninguém'

Os torcedores palmeirense se reúnem tradicionalmente nos arredores do estádio



Para se defender das críticas pela determinação de torcida única nos clássicos paulistas, o promotor Paulo Castilho, do Juizado Especial Criminal, sugeriu uma mudança também no entorno do Allianz Parque. Em audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo, ele disse que a região do estádio é transformada pelos torcedores em "terra de ninguém" em dias de jogo.



Castilho pediu que sejam dadas à Polícia Militar condições para fechar os bares que reúnem os palmeirenses nos arredores da casa do clube.



"Se a gente quer melhorar o futebol, por que não pensamos no entorno do Allianz?", perguntou, durante a sua participação no evento.



"Os torcedores transformam aquilo lá numa terra de ninguém. Tudo bem, temos que fechar, mas vamos dar mecanismos para isso. Porque a polícia não pode entrar arbitrariamente e falar 'não vai abrir esse bar'. Então, vamos dar mecanismos, apontar solução. A gente está vendo que esse problema é terrível. Então, nós temos outras coisas também que podem melhorar no futebol", prosseguiu.



Ele citou como agravante ainda a presença de facções organizadas alviverdes na mesma área e ainda o perigo representado pelas garrafas de vidro consumidas.



A situação não é nova.



O próprio Palmeiras não se mostra totalmente satisfeito com as dificuldades enfrentadas no Allianz.



Em evento no fim do ano passado, o gerente de operações Guilherme Lippi disse que o clube "não tem o retorno do investimento no entorno" do estádio.



"O Palmeiras vem numa toada de profissionalização muito grande, esse é o lema da gestão do Paulo (Nobre), mas ainda enfrentamos dificuldades. Uma vez ou outra, ainda temos que chegar na Polícia Militar, tentar fazer com que ajeitem uma grade para aqui, outra para ali, facilitem a entrada do torcedor, liberem mais cedo e permitam, assim, que possamos proporcionar uma melhor experiência dentro dessa nova realidade que vivemos pós-Copa", disse, na ocasião.