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Há uma semana, Lúcio, capitão do Palmeiras enquanto Fernando Prass está machucado, considerava "complicada" a chegada de um técnico estrangeiro, citando a língua e o pouco conhecimento do futebol brasileiro como dificuldades. Mas o zagueiro mudou o discurso com a contratação do argentino Ricardo Gareca, que tem apoio do elenco sob o pedido de falar espanhol mais vagarosamente.
"Nunca trabalhei com técnico argentino. Não sei se vou ter que arranhar um pouco na linguagem dele", sorriu Wesley, bem claro diante da solicitação para comentar o acerto com o profissional vindo do exterior. "Jogador tem que obedecer e trabalhar, não avaliar técnico", indicou.
Lúcio foi obrigado a mudar o tom. "Não falei só aquilo. Deixei bem claro que o foco estaria dentro de campo e vamos procurar fazer o que o treinador pede. Se é ele, que seja bem-vindo. Vamos atendê-lo no que pedir para fazermos e esperamos ser muito felizes com ele. Tomara que resolva nossos problemas e consigamos jogar da mesma forma", comentou.
O problema da língua já não assusta. "A bola supera. Com o diálogo mais devagar, tudo é válido. Sabemos que é um cara que gosta que a equipe marque bastante e saia para o jogo. Com certeza, deve mudar algo, implantar a filosofia dele, é natural. Basta erguer a cabeça, encaixar e obedecer a aplicação tática", simplificou Wesley.
Os obstáculos na adaptação também são minimizados até por Lúcio. "Ele vai ter tempo. Faltam poucos jogos para a parada na Copa e ele vai ter tempo para treinar. E quem entrar logo vai se identificar com o espírito do Palmeiras, porque somos aguerridos. Espero que seja fácil a adaptação dele", disse o zagueiro.
Com base nos rumores que circularam em Araraquara, onde o Palmeiras venceu o Figueirense, não deve faltar tempo mesmo a Gareca. Existe a possibilidade de o técnico só estrear após a Copa do Mundo, deixando que Alberto Valentim, com 100% de aproveitamos em quatro jogos à frente do time, siga no cargo diante de Chapecoense, Botafogo e Grêmio. O argentino, entanto, teria mais de um mês para treinar antes de assumir a equipe em 16 de julho, no clássico contra o Santos, na Vila Belmiro.
Até lá, encontrará um plantel pronto para atendê-lo. "Os jogadores estão a todo o momento procurando aprender, melhorar. Da maneira que ele vier, independentemente da sua metodologia, esse elenco vai ajudar e assimilar rapidamente", garantiu Alberto.
"Agora zera tudo, ele vai conhecer novos jogadores. Espero que a equipe o receba de braços abertos e que dê sequência ao que temos feito. O Palmeiras só tem a ganhar com isso", projetou Diogo.
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