Gabriel Jesus teve outra excelente atuação. Roger Guedes, mostrou vibração, coragem e ímpeto. Erik não deixou a desejar substituindo Dudu. Mas o mérito na importante vitória do Palmeiras contra o Sport por 3 a 1. Para abrir três pontos na liderança do Brasileiro, o treinador foi muito inteligente. Para vencer na Ilha do Retiro, ele ousou. Queria de qualquer maneira marcar o primeiro gol. Forçar os pernambucanos a se abrirem, oferecerem os contragolpes para seu velocista trio de atacantes.
Foi exatamente o que aconteceu.
Parecia um roteiro de filme.
Vitória importantíssima fora de casa. Foi o nono triunfo palmeirense no Brasileiro. Mas apenas o segundo longe da sua torcida, de São Paulo. E Cuca sabe muito bem. Time que se impõe a responsabilidade de ser campeão do país, precisa triunfar também nos gramados dos adversários. Só havia vencido até hoje o Flamengo, em Brasília.
O treinador foi muito eficiente na preparação do seu time para o jogo. Ele sabia muito bem que a equipe de Oswaldo de Oliveira estava na zona do rebaixamento. Fazendo um Brasileiro que deixa a desejar. O péssimo início faz com que os dirigentes busquem, desesperados, jogadores para evitar nova queda para a Segunda Divisão.
Montando o time durante o Brasileiro, Oswaldo de Oliveira teria de aproveitar a histórica Ilha do Retiro, tradicional caldeirão. A empolgada torcida do Sport costuma compensar a falta de talento do elenco. Mas os pernambucanos têm uma grande falha no elenco. Ela é justamente o ponto forte do Palmeiras. O sistema defensivo nordestino é formado por atletas fortes, mas lentos. Situação excelente para os atacantes velocistas de Cuca.
O treinador não teria Dudu. Com dores musculares, o atacante nem foi para o Recife. O técnico conseguiu fazer teatro e esconder o óbvio. Na ausência de um velocista, outro. O injustiçado Eric teria a sua chance. Atuaria ao lado de Roger Guedes e de Gabriel Jesus, cada vez melhor.
Para o privilégio de escalar esse triunvirato, o Palmeiras utilizou o versátil Tchê Tchê, com Thiago Santos e Moisés. Jogadores com a missão de proteger a intermediária. E articular os contragolpes. Cuca sabia que o Sport iria tentar apelar para a correria. E obrigou todo o time a um ótimo trabalho de recomposição. O comprometimento dos atacantes em também ajudar na marcação é um dos segredos deste Palmeiras líder.
O time paulista surpreendeu o previsível Sport. Saiu jogando como se estivesse em casa. Marcando alto, atrapalhando a fraca saída de bola pernambucana. E com personalidade, logo aos dez minutos de jogo, o Palmeiras fez o sonho de Cuca. Abriu o placar. Em uma arrancada em velocidade, a bola caiu para Gabriel Jesus que deu assistência excelente para Eric chutar forte para as redes. 1 a 0 para o líder do Brasileiro.
O efeito colateral do gol foi o que Cuca previu. Os pernambucanos pressionados com a zona do rebaixamento, partiram para o ataque. Começaram a deixar espaços importantes para os contragolpes palmeirenses. E eles começaram a surgir. O maior perigo pernambucano era Diego Souza. Ele continua um jogador diferenciado. Consegue unir força física, com habilidade. Mas está muito mal acompanhado.
O Sport tem uma triste combinação. Elenco fraco com treinador ultrapassado. Caminho que costuma ser certeiro para a Segunda Divisão. Triste castigo para a apaixonada torcida pernambucana.
Perdendo, os nordestinos buscavam o empate. Enquanto os paulistas aproveitavam as brechas na marcação para os contra-ataques. O jogo ficou interessante, aberto. Mas prevalecia a equipe com maior talento e melhor distribuída no campo. O Palmeiras.
Vale destacar Yerry Mina, colombiano, aposta feita com o dinheiro de Paulo Nobre. O zagueiro de apenas 21 anos tem bom recursos, é alto, vibrante, ótimo pelo alto e veloz. Mas tem o costume de marcar os atacantes muito à frente, na intermediária. Deixa espaço enorme para que jogadas aconteçam às suas costas. É um jogador interessante.
Roger Guedes, Gabriel Jesus e Eric formaram um trio muito afiado. Ágil, veloz, artilheiro. Difícil para a zaga do Sport segurar. O primeiro tempo acabou com o Palmeiras perdendo boas chances para ampliar.
O segundo tempo começou de forma mais previsível possível. Com o Sport aberto, tentando empatar de qualquer maneira o jogo. Oswaldo sabe que corre risco de ser mandado embora. A campanha é pífia. Até o jogo de hoje, três vitórias, três empates e seis derrotas. A pressão para que deixe o Sport já é grande.
Ele tratou de fazer o seu time marcar na frente, pressionar o líder do Brasileiro. O Palmeiras teve uma perda significativa. Moisés fazia uma boa partida, marcando forte. E saindo em velocidade, quando o time retomava a bola. Mas ele acabou sofrendo estiramento muscular na perna direita. Entrou Matheus Sales, mais marcador e menos articulador, no seu lugar.
O Sport usava mais o coração do que o talento. E mesmo assim conseguiu empatar o jogo. Em uma troca de bola rápida no ataque, Mina fez pênalti em Rogério, mas a bola sobrou para Gabriel Xavier, livre, driblar Fernando Prass e marcar o 1 a 1. Se o árbitro Anderson Daronco quisesse expulsar Mina por agressão até que poderia. O colombiano deu uma entrada dura demais em Rogério.
A Ilha do Retiro se agitou. Com a torcida pernambucana sonhando com uma virada. Só que Cuca fez uma mexida fundamental no time. Jean sofreu uma indisposição intestinal e teve de sair. No seu lugar, o técnico colocou o meia Cleiton Xavier. Ele foi para o meio-campo e Tchê Tchê passou a ser o lateral.
O Palmeiras, que já era melhor, ficou equilibrado. E aí, Gabriel Jesus deitou e rolou. O garoto de 19 anos não se intimidou diante da marcação severa, com direito a pontapés. E teve sua recompensa. Thiago Santos roubou a bola de Rhitely. E a entregou limpa para Gabriel Jesus. Deu até pena do desesperado goleiro Agenor. O palmeirense invadiu a área e tocou com convicção a bola no fundo do gol pernambucano. 2 a 1, aos 20 minutos. O artilheiro do Brasileiro chegou ao seu décimo gol.
O gol fez o Sport se abrir ainda mais. Resultado, aos 26 minutos, Gabriel Jesus foi derrubado por Agenor. Pênalti. O garoto queria cobrar. Mas Cleiton Xavier exigiu cobrar. E não deu chance a Agenor 3 a 1, aos 26 minutos. A partir daí todos na Ilha do Retiro sabiam que o jogo estava terminado.
Os pernambucanos buscaram o ataque de forma desordenada. Ótimo para o Palmeiras. O time paulista ainda acabou desperdiçando chances para ampliar. Nos minutos finais, Cuca pediu apenas para a equipe preservar a grande vantagem no placar. E o Palmeiras recuou e exigiu de Fernando Prass duas ótimas defesas.
No final, quase tudo aconteceu como Cuca havia previsto.
Vitória suada, importantíssima para manter o time como primeiro.
O que Cuca não previu foram os cartões amarelos.
Gabriel Jesus, Thiago Santos e Róger Guedes não enfrentam o Santos.
Mas os três pontos de hoje.
E a segunda vitória fora de casa foram fundamentais ao Palmeiras.
Ao Sport, a dura realidade da ameaça da Segunda Divisão.
Oswaldo está por um fio...
29394 visitas - Fonte: Cosme Rímoli/R7
Não concordo com a matéria quando diz que o Mina deveria ter sido expulso.
Concordo que a arbitragem poderia ter marcado pênalti. Mas não acho que a jogada não foi violenta , e o Sport não foi prejudicado , pois a jogada terminou em gol.
Se o Mina deveria ter sido expulso , o Diego Souza deveria ter sido preso , pela falta que fez no Thiago Santos .
Aquilo sim foi uma jogada violenta , uma agressão, o Diego Souza , pulou e caiu de pé sobre a perna do Thiago Santos.
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