Por que Bernard virou exemplo de tudo que Gabriel Jesus não deve fazer

Gabriel Jesus seguirá o mesmo caminho de Bernard?



O Palmeiras carrega a promessa feita pelo próprio Gabriel Jesus de que não deixará o clube nesta temporada. Ainda assim, com o assédio europeu cada vez maior, não pode vacilar: por isso, em conversas informais, fez com que o ex-atleticano Bernard virasse um dos exemplos de tudo que a revelação alviverde não deve fazer ao cuidar de sua carreira.



Não é segredo o motivo.



Depois de se sagrar campeão da Copa das Confederações com a seleção brasileira em 2013, ele voltou ao Atlético-MG, faturou a Libertadores e foi negociado em seguida com o Shakhtar Donetsk-UCR por 25 milhões de euros (R$ 77 milhões, de acordo com a cotação da época). Hoje, está 'escondido'.



A lista de interessados em seu futebol, no entanto, contava ainda com o Arsenal, que mandou olheiro para observá-lo, e também com o Porto.



As semelhanças com Gabriel Jesus existem.



Em comum também entre as duas situações, a presença de Cuca no banco de reservas.



O garoto de 19 anos, que marcou dez gols na artilharia do Brasileiro, tem o técnico em seu pé do ouvido para evitar que deixe o Brasil ainda em 2016.



"Eu falei com ele (Gabriel Jesus). O Bernard, que era um menino que surgiu bem no Atlético-MG, foi para a seleção, foi para o Shakhtar e deu uma sumida. De repente, não era a hora de ter acontecido", disse recentemente, em entrevista para a rádio Transamérica.



O comandante voltou a recorrer ao exemplo na última segunda-feira, após a vitória de 3 a 1 sobre o Sport, na Ilha do Retiro.



"Não precisa acelerar as coisas. Já tive outros jogadores que saíram e não tiveram uma condição de servir à seleção brasileira porque acabaram não jogando no time que foram, que tinha muitos brasileiros, como o próprio Bernard que estava comigo no Atlético-MG", afirmou ao SporTV.



Negociado com 20 anos, Bernard tem hoje 23, ficou marcado pelo 7 a 1 e também pelas controvérsias que marcaram até aqui a sua passagem pelo Shakhtar.



Com contrato até agosto de 2018, brigou com o técnico Mircea Lucescu, que acertou com o Zenit-RUS, foi chamado de "jogador de Twitter" e acusado ainda de somente "chorar" e ter vindo para "tomar dinheiro" dos ucranianos com um salário de 300 mil euros mensais (R$ 1.100 milhão).



Não é exatamente o que se projetava para a joia do Atlético-MG.



Não é o que Cuca quer para Gabriel Jesus.