Palmeiras é condenado a pagar mais de R$ 6 milhões por compra de Basílio, há 16 anos

Basílio defendeu o Palmeiras no começo dos anos 2000



O Palmeiras ganhou uma nova dor de cabeça nos últimos dias. O clube foi condenado a pagar mais de R$ 6 milhões por uma dívida de mais de 16 anos, que vem desde a vinda do ex-atacante Basílio ao clube, no ano 2000.



O processo é movido pela empresa Palmital Serviços Técnicos e Participações Ltda desde 2004.



Na ação, a firma diz que vendeu ao clube alviverde 40% dos direitos federativos do atleta Valdeci Basílio da Silva, conhecido como "o Vovô do Vento" e com passagens por Santos, Marília, Ituano, entre outros, pelo montante de 900 mil dólares.



Na ocasião, Basílio veio contratado junto ao Coritiba, e ficou acordado entre os envolvidos que a quantia seria quitada em três parcelas iguais e sucessivas pelo equivalente em reais.



No entanto, a Palmital acusa o Palmeiras de deixar de pagar parte dos valores, com saldo devedor que, no fim de 2003, correspondia a quase R$ 1 milhão. O processo vem correndo na Justiça desde 2004.



Agora, o Palmeiras foi condenado na semana passada, em ação que corre na 10ª Vara Cível de São Paulo, sob os cuidados do juiz Rogério Aguiar Munhoz Soares.



No dia 15 de abril de 2004, data em que a Palmital ingressou com a ação, a dívida, já atualizada, estava em R$ 1.073.958,38.



Com a correção monetária do tempo decorrido, mais juros de 1% ao mês, a quantia chega a cerca de R$ 6 milhões.



O valor é contabilizado de acordo com os critérios do Tribunal de Justiça de São Paulo e foi confirmado por representantes da Palmital.



A empresa é defendida pelo escritório Hapner Kroetz, com sede em Curitiba.



Procurado pela ESPN, o Palmeiras não quis comentar o assunto.



Vale ressaltar que ainda cabe recurso ao clube do Palestra Itália.



A decisão veio após o processo ser marcado por algumas polêmicas. No ano passado, por exemplo, o juiz Cristian Mantuan preferiu não julgar a ação por ser torcedor do time alviverde.



Depois, a juíza Andrea de Abreu e Braga havia julgado a ação como improcedente, apontando que não ficou comprovado nos autos que o instrumento contratual foi assinado por algum representante do Palmeiras.



Além disso, o ex-funcionário do clube, Sr. Sebastião, que teria supostamente assinado o documento, negou envolvimento no caso.



Quando o imbróglio foi divulgado pela reportagem, em 2015, Basílio se manifestou nas redes sociais e deixou claro que o Palmeiras não lhe deve nem um centavo, e que a dívida era somente entre clube e Palmital, conforme já dizia a própria matéria na ocasião.