Promotor diz que organizada comanda venda de cerveja em volta do Allianz

Torcedores do Palmeiras no entorno do Allianz Parque, em São Paulo





A venda de cerveja nos arredores do Allianz Parque, do Palmeiras, na Zona Oeste de São Paulo, é comandada pela principal facção organizada do clube, a Mancha Alviverde. Esse foi um dos motivos citados pelo promotor Paulo Castilho, do Ministério Público, para pedir o fechamento de bares que ficam em volta do estádio e reúnem milhares de torcedores antes, durante e depois das partidas.



Segundo Castilho, com a definição de torcida única nos clássicos paulistas, essa foi uma das saídas da uniformizada para manter a sua receita.



Perguntado a respeito pelo ESPN.com.br após entrevista coletiva sobre a operação batizada como Game Over, que investiga a manipulação de resultados em jogos, ele explicou a controvérsia criada em audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo, no último dia 29 de junho.



Na ocasião, afirmou que os torcedores transformaram o entorno do Allianz em "terra de ninguém".



"É, saiu meio distorcido (o que falei naquela ocasião). A verdade é a seguinte: o problema (da região do Allianz) foi constatado por todos porque fica intransitável, não consegue passar imprensa, não consegue passar o ônibus dos jogadores", afirmou.



"E hoje, o que é que está acontecendo? Vou falar uma coisa para vocês totalmente diferente. Vocês sabiam que hoje a torcida organizada, como perdeu a fonte de renda com torcida única, eles estão 'marretando'?", prosseguiu.



Indagado em seguida se os membros da torcida estavam vendendo cerveja na porta, então, confirmou.



"Sim. Hoje quem comanda ali é a Mancha Verde", continuou.



"Está entendendo o que que quero dizer? Então, uma série de coisas, a gente fica cercando e eles ficam indo para outro lado. Não é fácil", finalizou.



A exemplo do que fez na audiência na Assembleia Legislativa, o promotor Paulo Castilho ressaltou mais uma vez a sua preocupação com a venda de cerveja em garrafa de vidro agora no Morumbi.